sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Urnas e Igaçabas revelam que índios habitavam a região de Ituverava


No Museu histórico de Ituverava, no Largo do Rosário, encontra – se á disposição do público objetos que pertenceram aos índios.

Esses objetos foram encontrados na Fazenda Sebastião, em 1986. São urnas e igaçabas, feitas de cerâmicas.

As cerâmicas quando encontradas, foram notícias no jornal “O Estado de São Paulo”, o que despertou a atenção de muitas pessoas interessadas em assuntos de arqueologia, como foi demonstrado pelo Sr.José Edson Franco de Godoy, de Mogi Guaçu.

Na época, o Sr.Godoy enviou uma carta ao Prefeito Lúcio Lima Machado (1°mandato, de 1984 a 1988) informando que, igualmente, foram encontradas ás mesmas urnas do tipo Ungulada, Corrugda e Pintada em sua fazenda, naquele município, interior de São Paulo.

Godoy informou que se interessou pelo caso, e até chegou a fazer curso de arqueologia na USP (Universidade de São Paulo).

Segundo ele, as amostras das urnas de Mogi Guaçu foram enviadas para os laboratórios da USP, e pelo método de CARBONO 14, foram datadas em 1.500 anos de existência. Na carta afirma: “Portanto, estas “urnas” encontradas em sua cidade, Sr.Lúcio, provavelmente, deverão ter 1.500 anos”.

No próprio Museu Histórico está a disposição do público um documento , que se refere á última aparição de índios na região:”última referência de indígenas nesta região data de 1805,quando o Cap.Hipólito Pinheiro,alerta Franca para o perigo da gentilidade bárbara que poderia ameaçar os viajantes”.O Epígrafe , ainda, revela :”esses gentios bárbaros seriam os CAIAPÓS meridionais ,índios da família lingüística jê”,

Em conformidade com os estudiosos, Caiapós eram os índios que habitavam as regiões do estado de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Eram considerados muito aguerridos.

Segundo os arqueólogos, este tipo de material, como urnas ou igaçabas, são encontradas, onde pelas imediações passa algum rio, ou riacho.

A História da Música: A Máquina do Tempo


Qualquer pessoa da cidade e região que tenha usado calça boca de sino, cabelos longos, fita no cabelo lembrando Jimi Hendrix , óculos extravagantes á excentricidade Rolling Stones, um cinto medalhão à Bee Gees e que não suportava ficar parado ao som da banda mais famosa de todos os tempos: The Beatles é, de , fato, uma pessoa que foi adolescente ou jovem nos anos 70, embora a banda dos meninos de Liverpool tenha tido o auge nos anos 60. Mas foi a partir da banda inglesa que teve o líder John Lennon, que a banda “Máquina do Tempo” foi inspirada,formado pelos jovens ituveravenses á época: Augusto Sinhorini Chaibub (Bill),José Antônio Jabur (Dodô),Osmar Moyses, Eugênio Machado Condaro ( Geninho), os irmãos Wilson e Moacir Ferreira dos Santos ,Luis Sérgio Garcia (Serginho) ,fez sucesso por longos quatro anos .Jovens á época remanescentes de duas bandas da então década anterior : Os Siderais e The Braziliar Red Caps , cruzaram os tempos estão aí com todo vigor. Hoje, são dentista, comerciantes, engenheiros, bancários, dirigentes universitários

A banda “The Brazilian Red Caps” foi à primeira entre os Ituveravenses a entrar num estúdio de uma gravadora de São Paulo, para lançar um long play (LP), isto em 1968. Foram mil discos de vinil vendidos, numa época em que as barreiras era enormes. As dificuldades estavam incorporadas em outras dimensões e até mesmo políticas, entre elas qualquer artista encontrava o crivo da censura.

Largo da Matriz – 90 anos de história.


A história do Largo da Matriz é uma das mais contagiantes de Ituverava.Matriz devido ao templo que está sob a invocação de Nossa Senhora do Carmo, considerado o mais belo edifício da cidade, é bem provável , até mesmo da região , teve a planta trazida de Roma pelo padre João Rulli que foi executada por Vicente Zenari, e a decoração esteve a cargo do artista italiano Rodolfo Maselli, e a nave foi decorada pelo pintor paulista Orestes Colombari.

As obras foram iniciadas em 1926, e concluídas em 1929. O acabamento interno foi feito em 1936 e o externo em 1937, mas antes do início da construção do grande templo, o Largo que iniciara a formação no início do século XX teve como patrono em justa homenagem, a um dos baluartes da luta contra a escravatura e pela implantação da República, o jurista Rui Barbosa. Este morto em 1° de março de 1923, os camaristas da época prestaram – lhe essa homenagem, ainda, antes desse templo, havia um grande campo de futebol defronte a rua número oito, mais tarde a Cel.José Nunes da Silva, e partilhando este cenário, alguns casebres ao redor do grande largo.

Por volta de 1938, o capitão João Joaquim de Paula construiu quatro edifícios, sendo dois na Rua Rui Barbosa e dois na Rua Benjamin Constant, que são hoje os prédios gêmeos que estão firmes e, ainda, conservam as linhas imponentes da arquitetura da época.

Desses prédios construídos pelo capitão João Joaquim de Paula,em um deles funcionou o prédio do Sanatório Nossa Senhora do Carmo , de propriedade do Dr.Georgides Gonçalves.Apesar de adaptado , manteve moderna aparelhagem para intervenções cirúrgicas variadas.O Sanatório mantinha a clínica geral e a seção de clínica especializada de olhos, nariz, ouvidos e garganta, esta do saudoso medico, Dr.Augusto Marques de Lima, hoje patrono do PAS (Posto de Atendimento de Saúde) do Guanabara.

A praça do largo, formado do lado esquerdo de quem sai da Igreja Matriz, esboçada na década de 1930, de início era cercada, ganhou um pequeno coreto que ficou aço até por volta de 1969, para a construção do Centro Cultural Prof.Cícero Barbosa Lima Júnior, pelo então prefeito Archibaldo Moreira Coimbra.

Em 1973 ás vésperas da inauguração, a casa de cultura ainda composta por um teatro, sala de exposição numa tarde de Domingo laberadas de fogo subiram aos céus.. Levantou – se a suspeita de ter siso um curto – circuito em meio áquela fiação nova, mas nada de garantia que pudesse encerrar o caso, e lá se foi um teatro que teria um dos melhores sistemas acústicos do país, quando, de fato, foi inaugurado somente em 1976, mas não com a qualidade do material que estava instalado antes do incêndio.

Hoje, o Centro Cultural guarda um acervo de 25 mil livros, um Cine – Teatro por onde já passaram grandes atores como Paulo Autran um saguão que serviu várias vezes de sede do Mapa Cultural Paulista e exposição de vários gêneros artísticos.

Outro fato marcante para o chamado Largo da Matriz, foi à mudança do nome do patrono, que acontecem em janeiro de 2000. A Câmara Municipal aprovou o nome de Hélvio Nunes da Silva, este, pois, fora deputados estaduais por quatro legislaturas e os camaristas de Ituverava resolveram homenageá-lo dessa forma.

A praça também serviu de concentração de grandes festas, a exemplo, a que o povo fez para o padre João Rulli quando em 1937, depois de passar alguns meses na Itália, em sua cidade natal, de Bavalino e ao retornar foi ovacionado pelo povo naquele logradouro, e isso aconteceria antes que Rulli assumisse a direção de sua grande Obra, a construção da Santa Casa de Misericórdia, e igualmente um outra grande festa em 1947, com a notícia de que seu querido vigário foi distinguido com o título honorífico de Monsenhor de Sua.Santidade, o Papa.

As festas mais recentes, a missa campal realizada todos os anos após a procissão de Corpus Christi,normalmente realizada de frente ao Centro Cultural; e , as grandes encenações da Paixão de Cristo , que aconteciam nas semanas santas da década de 1970, sempre assistidas por milhares de pessoas naquela centenária Praça da Matriz. Não obstante, a famosa quermesse que é realizada todos os anos no Largo, a mais tradiconal festa de Ituverava.

Ituverava e a Arte Sacra II


Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos não tem este nome á toa. Mais do que um grande símbolo de Ituverava, era o lugar para o qual convergia todo o sofrimento em busca de benções do céu. Eram os escravos que buscavam Deus entre aquelas quatro paredes, construídas entre 1830 e 1840.

Diante do sofrimento, surgiu a arte de uma época, que se eternizou pelos tempos. Eram tempos de comunicação difícil e numa vila, ainda de homens rudes. Tão rudes quanto áquelas paredes que traduzem a atmosfera da época. Era o final do século XIX.

Em Minas Gerais, as Igrejas estavam cobertas de ouro. Aqui cobertas pelo pó de café. Havia um pouco mais de 200 escravos por volta de 1885, e a cidade caminhava para a produção recorde de 15 mil pés formados, que começava a enriquecer a pobre Vila do Carmo da Franca.

Os primeiros vereadores procuram formular leis, para garantir renda para o erário público. Eram os impostos sobre a produção cafeeira; no entanto, a Vila do Carmo da Franca não seguiu os exemplos de tantas outras que vieram incorporar á força do poder das irmandades religiosas, que ganharam status na época, no auge da produção aurífera.

O período cafeeiro, na região, esteve totalmente diferenciado da época do ciclo do ouro. Não surgiu por aqui nenhuma irmandade religiosa que se erguesse, concomitantemente, ao poder do café. Ituverava e região não procuraram imitar as cidades mineiras, que tiveram irmandades famosas, tais as do Carmo, do Rosário, do Pilar, que demonstram ter força política e econômica.

Nossa Igreja do Rosário dos Homens Pretos, e sua imagem, tiveram instrumento apenas devotivo, o que é a grande finalidade de um templo. Aqui não se procurou espelhar na corte de Lisboa, tanto que presenciamos o seu estado de ruína em tempos passados. E apenas há quinze anos, em 1985 é que teve a recuperação.

O artista plástico Lúcio Adalberto Lima Machado reformou a igreja construída entre 1875 e 1879, edificada no Largo do Rosário, contra a tradição pelos escravos negros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, e freqüentados pelos mesmos.

A reinauguração da igrejinha complemente restaurada ocorreu no dia 23de dezembro de 1985, com a presença do ex – governador paulista André Franco Montoro (1983-86).

A igrejinha tem um significado histórico muito importante para o Brasil, pois a partir do século XVIII a Igreja Católica permitiu que os escravos construíssem seus próprios templos, por sinal, os santos negros que fazem parte da hagiológica catolicista passaram a ser venerados pelos escravos, a exemplo Nossa Senhora Aparecida, Santa Ifigênia, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Como é sabido de todos, a vida dos escravos teve sempre um alto caráter de santidade e devoção pelo sofrimento que passaram.

Os quadros pintados por Lúcio Adalberto são de figuras bíblicas, como o da Anunciação, Virgem das Dores, São João Batista na Prisão, Cristo Flagelado, Cristo na Sinagoga e Pietá.

Pietá é nome dado pelos italianos ás representações da Virgem chorando o Cristo; Anunciação, a mensagem do anjo Gabriel, que anunciou á Virgem o mistério da Encarnação;Sinagoga,Assembléia de Fiéis na antiga judaica. A Sinagoga parece ter tido origem, entre os judeus exilados da Babilônica, pela necessidade que sentiam, longe do templo; São João Batista preparou a chegada de Jesus Cristo – “Viu João a Jesus, que vinha para ele e disse:Eis aqui o Cordeiro de Deus - ; Cristo Flagelado , Pilatos, pois tomou então a Jesus, e o mandou açoitar , e os solados, tecendo de espinhos uma coroa,lhe puseram sobre a cabeça”. Essas são parte das explicações da arte sacra da Igreja Nossa Senhora do Rosário.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ituverava de Outrora : “A Flor de Maio”

“A Flor de Maio” foi uma loja de tecido fundada em 1935, de propriedade do Sr.Antonio José Felício que aparece na foto bem na quebrada da esquina. Ao lado aparece um outro homem, o Capitão Alves, tabelião do cartório. Hoje no local está a livraria Vanguarda. É o cruzamento da Av.Dr.Soares de Oliveira com a Rua Cel.José Nunes da Silva. No local, outra loja famosa permaneceu por longos anos, a Radiolux , a loja de materiais elétricos e domésticos que funcionou de 1948 a 1975. Depois banca de jornais e a financeira Crefisul até por volta de 1983/84. De lá para cá a Livraria e Papelaria Vanguarda.

Na foto aparece também um outro homem de terno branco e chapéu, e dentro da loja vemos outro homem de paletó. Foi a moda até a final da década de 1950. E as crianças aparecem todas de roupas brancas e até com calção com cinto, mas todas descalças.

Vemos também que havia calçada e calçamento na rua só próximo a sarjeta, a rua era de terra batida.

A década de 1930 começou com 77 casas comerciais, sendo 25 lojas e 20 armazéns, 6 farmácias e a maioria dos comerciantes sírios libaneses .E 34 casas de prestação de sérvios, entre elas 11 barbearias,

Fonte dos dados históricos: Crônicas de Ituverava de José Geraldo Evangelsita

FEI comemora os 40 anos de Atividade

Quando o ministro da Educação Jarbas Passarinho, do então, Presidente da República General Garrastazul Médici assinou a portaria autorizando o funcionamento de Faculdade de Filosofia de Ituverava – FFCL , a notícia foi dada pela Rede Tupi da Televisão em seu jornal de âmbito nacional.Corria o ano de 1971 e os primeiros cursos: Letras, História , Pedagogia , Matemática deram a base firme para que em 1987 desse início ao curso de Engenharia Agronômica, e na mesma época o curso médio Nossa Senhora do Carmo que teve início com o curso Técnico em Contabilidade ainda na década de 1970.

Em 2000 a FEI (Fundação Educacional de Ituverava) recebeu autorização do ministro de Educação Paulo Renato para funcionar os cursos de Administração de Empresas e Agronegócios , Biologia e Sistema de Informação.

Em 2003 vieram à autorização para os cursos de Direito e Medicina Veterinária.

E, finalmente em 2011 o MEC (Ministério da Educação e Cultura) autorizou o 11° curso: Ciências Contábeis.

A festa comemorativa aconteceu na sede social de Ituverava Tênis Clube (ITC).

A história de arte sacra de Ituverava


Os Oratórios de Ituverava

Oratórios também foram nome de uma antiga congregação religiosa, que se espalhou pela Itália, França e Portugal. Foi através da Congregação do Oratório introduzido em Portugal em 1668 pelo Padre Bartolomeu de Quental, que surgiram os auxiliares do Marquês de Pombal quando tirou o ensino das mãos dos Jesuítas no Brasil.

O oratório também era usado por estas Congregações, onde os pecadores faziam suplício. Dos portugueses, existe um famoso que está na cidade de Aljubarrota, que pertenceu a D.João I.

Congruente á importância histórica das nossas imagens é importante que saibamos a origem de nossos objetos sagrados que já guardam quase dois séculos de tradição, despontamento de fé e religiosidade.

Em 1500 a descoberta ou conquista da Terra de Vera Cruz, vulgo Brasil, foi abençoado pelo sinal da Cruz. A caravela de Cabral chegou ás novas terras carregando e meio á sua bagagem um oratório com a imagem de Nossa Senhora da Esperança, iniciando uma tradição que perpetuou o contato do homem com a divindade pelos séculos seguintes.

Oratórios são, igualmente, um pequeno armário; em Minas Gerais simboliza ainda a gratidão de fé, pelas andanças perigosas dos aventureiros , acompanhando - os com a sua benção e indispensável patrocínio.O certo é que esses objetos de fé, hoje, escassos, único museu do gênero está em Ouro Preto – MG, - “ocuparam as íngremes montanhas, tornearam rios, produziram vilas, cidades , aglomeraram comunidades em torno da fé e espiritualidade”, diz Ângela Gutierrez.

O nosso fundador, como consta nos arquivos históricos de Minas Gerais, em Belo Horizonte, João Alves de Figueiredo, em companhia de José, seu irmão, também tornearam os rios mineiros até chegar á Cachoeira do Inferno, hoje, Salto Belo.

No livro de Sesmaria, do arquivo mineiro, existe um registro de concessão ao Capitão José Alves de Figueiredo, com data de 28 de julho de 1788. Terras estas, que estariam entre os rios Grande e Sapucaí.

Foi com objetivo de encontrar, ou conquistar as terras doadas pela Corte Portuguesa , que Alferes João Alves de Figueiredo trouxe em sua bagagem , ao lombo de algum burro , um oratório , com a imagem de Nossa Senhora do Carmo.Com isto, certamente ,Ituverava , surgiu de uma cidade tipicamente religiosa.Do oratório com a Padroeira ficou a grande testemunha da aventura dos descobridores de Ituverava , do início do século XIX;tornou – se o botão de nossa história.Esta imagem, hoje, está no altar da Capela da Santa Casa de Misericórdia .

O altar religioso da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos entrou em estado de ruínas e teve um destino trágico, com a sua demolição em 1967. Em 1985, ele foi reconstituído, mas não se sabe se foi com as mesmas características.

No oratório da Igreja Matriz, está outra imagem de Nossa Senhora do Carmo, trazida da Itália pelo Cônego Vitor Fabiani no início do século. A santa padroeira de Ituverava está ligada a Ordem dos Carmelitas.

Com isso, o tempo vai remontando as histórias de outros templos religiosos da cidade. A Igreja São João Batista, com a sua belíssima sacristia, uma réplica do próprio templo, apesar de ser novíssimo deverá ser o baluarte da riqueza da arte sacra no século XXI para Ituverava.

Enfim , outros monumentos serão tão importantes quantos os significados políticos e religiosos.É a arte expressando a nossa tomada da consciência de que somos uma cidade alva e participativa dos movimentos em prol da nossa liberdade e desenvolvimento econômico e , com isso , para galgarmos melhores níveis de vida.

Fundamentado nos livros de José Geral Evangelista e Moacir França e nos estudos de Ângelo Gutierres, fundadora do Museu do Oratório de Ouro Preto – MG.

Maquete do Novo Santuário Católico de Ituverav

Ricardo Marins, demorou exatamente 5 meses e 6 dias para produzir a maquete. A construção foi iniciada no dia 25 de janeiro de 2010, e finalizada em 1 de julho. Construída com Poliestireno, Solda Plástica, Tecido, Fibras naturais, Madeiras e Tinta Esmalte, na escala 1/125, a maquete possui um tamanho total de 0,89 cm² ( 1,11 cm x 0,81 cm ) e 0,30 cm de altura.
Marins construiu a maquete da futura igreja e, também, foi construída a antiga igreja já existente no terreno e o Salão pertencente à igreja.


Detalhes da maquete


A grande igreja possui 3 portas de entrada ao público e 60 janelas, na qual foram criadas com CDs. Já a torre que fica ao lado da igreja, possui 1 porta e 108 janelas.
Na pequena e antiga igreja, foram criadas 5 portas de acesso e 19 janelas, na qual foi utilizado EVA preto para sua criação.
No salão, foram criadas 2 portas e outras 24 janelas.
A maquete também possui uma bela humanização, onde foram criadas 16 árvores e 22 postes com luzes e fios. Para a representação dos fios dos postes, foi utilizado em torno de 10 metros de cordonel.
Já o estacionamento da maquete, foi criado com capacidade para 75 veículos, com outros 16 postes de praça em seu meio.

O projeto foi criado baseando-se na grande Igreja de Aparecida do Norte, no interior de São Paulo.

Ricardo Marins

Apaixonado pela arte circense desde pequeno passei a ter interesse por maquete após ter visitado uma exposição de maquetes em Ribeirão preto aos 10 anos de idade.

Com isso, ao retornar pra casa, deu inicio aos seus primeiros trabalhos com palitos e papelão, porém, nenhum com escala.

Aos 16 anos após visitar pela primeira vez o Cirque Du Soleil em São Paulo , decidiu construir uma maquete de sua estrutura, o que foi a primeira maquete com escala e reconhecida profissionalmente.

Desse período para o atual não parou mais e aperfeiçoei sua técnica cada vez mais.

E vários Trabalhos profissionais já foram realizados:

Cirque Du Soleil – Saltimbanco: Escala 1/125

Cirque Du Soleil – Quidam: Escala 1 / 125

Novo Santuário Católico de Ituverava: Escala 1/125

Novo Complexo de Jornalismo da TV Record: Escala 1 / 100

Casa - Sobrado de luxo: Escala 1 / 100

As duas maquetes do Cirque Du Soleil estão hoje na sede da empresa de entretenimento internacional em Montreal – Canadá, onde passam por exposições, Foram os passos que levaram os trabalhos a serem reconhecidos profissionalmente e, terem relações de possibilidades de emprego dentro do Cirque Du Soleil. “Outras duas maquetes estão em construção, em que uma delas é para comercialização”, finalizou Marins.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Arquitetura Mostra 150 anos de História

1° Igreja São joão batista e 2º Igreja Nossa Senhora do Carmo

Normalmente as pessoas costumam passar pelas ruas da cidade sem prestar atenção naquilo que os rodeia. Todos parecem robotizados. Vão de cá para lá sem notar os detalhes.

No entanto, para os atentos, Ituverava reserva muito quanto ao aspecto arquitetônico. A arquitetura da cidade é simples, mas significativa. Mesmo sem o caráter neoclássico, renascentista, gótico e barroco, estilos que marcam a evolução dos tempos, da arquitetura mundial e algumas etapas da arquitetura e do urbanismo brasileiro, a cidade preserva a sua história através dos prédios públicos e particulares.

Quem passa pelo Largo do Rosário e vê aquele conjunto de obras, a Igreja Nossa Senhora do Rosário e o Museu Histórico e o chafariz dificilmente imagina que ali está remontado o longínquo passado do início do século XIX.

A Igreja Nossa Senhora do Rosário foi construída pelos escravos; a construção daquela igrejinha se deve ás conquistas ao longo de trezentos anos pelos cativos. Em 1700, a Igreja Católica já permitia que os escravos construíssem os seus próprios templos. Igrejas tendo como patronos: Nossa Senhora do Rosário, Santa Ifigênia e São Benedito, santos adorados pelos negros espalharam – se pelo Brasil, e, para felicidade nossa, Ituverava também teve a sua.

Ainda temos algumas casas do Largo do Rosário, com suas janelinhas simples emolduradas pelas madeiras de lei e bem cuidadas trazem a atmosfera do final do século XIX e início do século XX. Não há como negar. O teto de madeira daquelas casas tem o dobro da altura das casas modernas, características marcantes do início do século.

A fachada do prédio do Tiro de Guerra disfarça duas torres. O que dá um ar de parentesco com as construções militares da época da 2° guerra mundial.

O prédio do Correio, com suas pilastras enrustidas nas paredes, lembrando o sendo de equilíbrio guarda uma vaga semelhança com o senso escultórico das fachadas simétricas da década de 40.

Um lindo contraste proporciona as construções da Praça Rui Barbosa. O Centro Cultural Cícero Barbosa Lima e a Igreja Nossa Senhora do Carmo.

A Igreja Matriz de estimulo misto Românico Brasilical teve sua planta trazida da Itália e foi inaugurada em 1929. Uma verossimilhança com arquitetura da cidade de Brasília, o Centro Cultural guarda uma estrutura aparente de grande vão e os panos de vidro que dão leveza e arrojo á construção.

O prédio do Banco do Brasil parece projetar movimento, tanto de quem se aproxima da direita, como da esquerda. Para quem o observa percebe que o concreto armado predomina em todo o conjunto da perspectiva. O prédio do Banco do Brasil foi inaugurado em 1981, adoçando Ituverava com um novo estilo arquitetônico.

Ainda temos outros prédios públicos e particulares que marcam época, como o Palácio X de Março, a Igreja Ortodoxa, a Igreja São João Batista, a telefônica CTBC, o prédio do antigo Ginásio Municipal, a Praça X de Março, algumas casas das Praças Rui Barbosa e X de Março, casas de algumas fazendas, o prédio da Fepasa, o Prédio da Ceagesp e muitas casas particulares, os quais podem cruzar a arquitetura com a história.

O Prédio da Fepasa, que guarda a originalidade em todas as cidades da região, talvez é o marco principal da nossa economia.Foi a partir de 1903, com a sua construção é que Ituverava teve o primeira impulso de desenvolvimento.


História da Medicina : Sobrado da Rua Benjamim Constant foi o primeiro Centro Cirúrgico de Ituverava

São quatro sobrados construídos na década de 1920 pelo Cap.João Joaquim de Paula.Dois na praça Hélio Nunes (antiga Rui Barbosa) e dois sobrados na rua Benjamim Constant. Construídos na mesma época da construção da Matriz Nossa Senhora do Carmo.

Praticamente até o ano 2000 os sobradões não sofreram nenhuma modificação; mas os novos proprietários foram mexendo na arquitetura frontal e muita ficou descaracterizada da construção inicial.

Na época que foram construídos a Praça Rui Barbosa era um largo praticamente sem casas, como tal vemos pelas fotos de então.

Num dos sobradões da Rua Benjamim Constante, o médico Dr.Georgides Gonçalves inaugurou em abril de 1942, o sanatório Nossa Senhora do Carmo, que na verdade funcionava como uma clínica cirúrgica.

De acordo com o historiador Moacir França, quatro dias após a inauguração um garoto de São Benedito foi operado ás pressas, de apendicite aguda e tudo ocorreu com total êxito. Foi a primeira cirurgia na cidade.

O Sanatório de Dr.Georgides saiu na frente em questão de cirurgias. Embora a cidade já houvesse o funcionamento do Hospital Beneficente São Francisco de Assis.O Sanatório Nossa Senhora do Carmo abrigava pacientes que precisavam de cirurgias e partos. E tudo era realizado com êxito.

Depois de cinco anos, no dia 17 de julho de 1947 é que foi inaugurado o novo pavilhão do hospital beneficente São Francisco de Assis com dependência de maternidade e salas para cirurgias.

Fone: Subsídios para a História de Ituverava e Revista Comarca de Ituverava.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Casa faz parte da História do Brasil

Este ano completamos 79 anos de revolução constitucionalista, e Ituverava teve um papel ativo na campanha pela constitucionalização; pois em 1930, o dr.Gettúlio Vargas , chefiando um golpe militar, destituiu do poder o então presidente Dr. Washington Luiz a fim de impedir a posse do presidente recém – eleito, Dr. Júlio Prestes , alegando irregularidade no pleito em que havia sido derrotado, como candidato oponente, estabelecendo um governo provisório , substituindo os governos do Estado por interventores federais, o que vinha se prolongando indefinidamente , sem que medidas objetivas fossem tomadas na redemocratização do país, e o estado de São Paulo ambicionava uma nova constituição. Para isso veio a revolução, e os soldados foram para o combate.

O prefeito Orlando da Veiga Sampaio não mediu esforços pela campanha constitucionalista , e convocou uma reunião para instalar no município , o serviço da alistamento de voluntários para o exército revolucionário.

De nossa cidade seguiram mais de 100 voluntários e, dos que combateram em violenta luta que durou três meses voltaram todos.

Todos os setores de atividade sociais foram mobilizados para grande luta. Campanha do capacete, ouro para o bem de São Paulo, amparo ás famílias dos voluntários, campanha de cigarros para os soldados.

A revolução também gerou pânico na cidade com a aproximação das forças getulistas, como ocorreu de fato e o povo fugiu para as fazendas e os fazendeiros ajudaram muito a população acolhendo-a.

D.Regina Ribeiro dos Santos conta na antiga seção memória viva da Tribuna de Ituverava os lances da ocupação.

‘Acolhemos na fazendo Bebedouro Rico grande número de amigos que se retiram da cidade em busca da proteção e permaneceram por lá o tempo necessário até acalmar os ânimos revolucionários. A nossa residência á praça X de Março foi requisitada com muito respeito para o alojamento do comandante das forças getulistas”., escreveu Regina Ribeiro.

Fundamentado em Moacir França e Dr.Guilherme de Matos.

História do Futebol: Banespa Campeão Futsal 1977

Na foto, vemos João Laranja, o jornalista e proprietário do Jornal o Progresso, Cléso Barbosa que era o Secretário de Esportes da administração do prefeito José Coimbra (1977-1982), em seguida os atletas : Teodoro, Serginho, Dodô, Adelino e Álvaro. Os jogadores recebem medalha de Clésio pela conquista do título de campeão de Futsal de 1977, e todos os funcionários do então Banespa.

O torneio foi disputado na quadra descoberta da Associação Atlética Ituveravense e tinha arquibancada para acomodar 1000 pessoas sentadas. No lugar foi construído o Ginásio de esportes do clube, que tem como patrono José de Abreu.

Na época, o Ginásio de Esportes do município já estava em funcionameto, mas os organizadores sempre preferiam a quadra do clube por ser mais central e ficava lotada facilmente.

O Banespa (Banco do Estado de São Paulo) funcionou na cidade de 1948 a 2003. Naquela tempo os Bancos, de modo geral, empregavam cada um mais de 50 funcionários, na cidade eram 8 e todos tinham um time ou de Futsal ou de futebol de campo.

História da Música: Fazendinha do Valizi


José Valizi nasceu em 16 de abril de 1932, na cidade Ribeirão Corrente – SP, sendo o quinto filho, de um total de onze, do casal Júlio Valise e Amábile Fanan.

Em 1958, sua família transferiu residência para a cidade, onde José Valizi trabalhou num bazar da própria família. Sua grande paixão pela música sertaneja raiz fez com que ele aceitasse o convite para apresentar um programa desse gênero musical na Rádio Cultura de Ituverava.

Assim, em 02 de fevereiro de 1961 iniciou o programa Fazendinha do Valizi, atravessando quatro décadas e completando em 02 de fevereiro de 2001 quarenta anos de grande audiência, difundindo a música sertaneja raiz, muito solicitada pelo sue público ouvinte.

Em 1965, já com grande sucesso, Zé Valizi e Valizinho foram á São Paulo e gravaram o seu primeiro disco compacto, com as música Xote da Despedida e Amor Fantasma , de autoria de Valizinho.

Com grande imaginação, humor e irreverência, José Valizi fazia de conta que apresentava o programa direto da uma fazenda, debaixo de uma grande mangueira, onde tem coisas de fazenda: o pássaro – preto cor – de – rosa , a cabrita carijó, o carro de boi. Tudo era representado pelo barulho.

Durante todos esses anos, José Valizi sempre manteve em seu programa a tradição da música sertaneja raiz, além de levar aos ouvintes notícias e mensagens.

terça-feira, 26 de julho de 2011

História do Futebol: Time de A.A. I de 1935


Em 1935 havia dois campos de futebol na cidade. Um era no Largo da Matriz ou Praça Hélvio Nunca da Silva e outro é o atual campo da Associação Atlética Ituveravense (A.A.I) que ainda não tinha alambrado e nem arquibancadas. O historiador Moacir Franca destaca em seu livro “Subsídios para a História de Ituverava”, que o campo foi conseguido ante a um esforço inaudito. ”Graças a atuação destacada de Alcino Parreira, Francisco Ferreira Telles e outros, a agremiação conseguiu comprar o terreno onde construiu, em seguida, a sua Praça de Esporte, mais tarde ampliada, reformada e melhorada”. Por isso que é importante a preservação da Praça de Esportes da A.A.I.

Na foto tirada em 21 de abril de 1935, feriado de Tiradentes, foi um jogo disputado contra Orlândia com vitória do esquadrão da AAI por 4x3. Em pé da direita para esquerda: Aristides, Jorge Ovídio, Moacir, Cecim, Zé Galizi e Cachimbo. Ajoelhados da esquerda para a direita: Luis França, Deputado, Núncio, Halley e Rui de Lima.

Ituverava de outrora: Rodeio Show um evento que começou em 1968



Ituverava Rodeio Show é um evento que teve várias versões desde 1968. Neste ano foi realizado a FAPICI (Feira Agropecuária industrial e Comercial de Ituverava) e coincidia com aniversário da cidade. A festa foi criada pelo então Prefeito Orlando Seixas Rego ( 1967-68/1973-76/1983-84) e era realizado no Parque do Trevo.

O Prefeito seguinte Arquibaldo Moreira Coimbra (1969 a 72/1992 a 96) abraçou a idéia e continuou a fazê – la no mesmo lugar. Em 1970 a FAPICI ganhou notoriedade no país, foi matéria do famoso jornal O Estado de São Paulo. Ser reconhecido por um jornal de tal grandeza era algo difícil na época. E Ituverava conseguiu essa façanha.

A FAPICI mudou de endereço, foi para os arredores do Ginásio de Esportes em 1974, - ano em que foi inaugurado com um jogo de futebol de salão entre Ituverava e Palmeiras - ;e essa versão da festa durou até 1976.

A partir de 1977 com o prefeito José Coimbra (1977/82) cada chefe do executivo fazia a festa do aniversário com uma versão diferente, sempre aos arredores do ginásio de esportes.

A atual arquibancada coberta do campo era um barranco de terra, onde o povo se acotovelava para assistir ao rodeio que acontecia no campo de terra. Orlando Seixas Rego voltou ao cargo e o evento continuou durante o aniversário da cidade.

O prefeito Lúcio Adalberto Lima Machado ( 1984-88/1997-2004) promoveu a festa do centenário, mudando o endereço, a feira de amostra e rodeio foram para próximo ao bairro da Cohab.

Em 1990 durante a administração do Prefeito Ecyr Alves Ferreira (1989- 1992) foi realizada a primeira festa do peão de boiadeiro da cidade que aconteceu fora do período de aniversário. Passou a ser realizada em junho e julho. Na ocasião o evento aconteceu no campo da Associação Atlética Ituveravense (A.A. I) cujo presidente era o Ricardo Rodrguês Chaibub (Kadão).

No ano seguinte o prefeito Ecyr doou o terreno onde é o Parque Permanente de Exposição para o Sindicato Rural, onde foi construída toda infraestrutura que hoje é utilizada para vários eventos.

A partir de 1991 até 2003 o Sindicato Rural promoveu a Festa através de sua diretoria com grandes atrações.

Depois de dois anos sem realizações iniciaram a nova fase da festa que já completa o 6° ano ininterrupto. O Ituverava Rodeio Show iniciou uma novidade, uma noite gratuita e a entrada: dois quilos de alimentos não perecíveis para serem doadas aos mais carentes .

A Saga Senhorinha


O sul do Mato Grosso em 1829 e nos primeiros anos da década de 1830, estavam praticamente despovoado conta o historiador Caio Prado Júnior, ex – professor da Universidade de São Paulo. “Os primeiros colonizadores do Estado foram gente de Franca e Carmo da Franca” , escreveu o escritor. Carmo da Franca é o nome antigo de Ituverava.

Por essa razão vivemos os primeiros 50 anos de nossa colonização com a economia estagnada. Muitos jovens que aqui nasciam não satisfeitos com a situação seguiam para Goiás a procura de terras férteis.

Mais dois historiadores se ocuparam dos estudos de nossa região e a colonização de Goiás e Mato Grosso. Nelson Werneck Sodré, em seu livro “Oeste” e Aluísio de Almeida em “O Grande Sertão de Mato Grosso”.

E dos bandeirantes nascidos no Carmo da Franca, que participaram da ocupação e exploração das terras do oeste brasileiro, estão os senhores José Antônio Tosta, Sabino Garcia Leite e os irmãos Inácio, Antonio e Francisco, que, assinavam o sobrenome Gonçalves Barbosa.

Ao total foram 17 pessoas da nossa terrinha que seguiram rumo ao sertão mato-grossense a fim de conquistarem fazendas.

“A família Barbosa” foi o que mais conquistaram terras. Foram tantas fazendas que em Mato Grosso passaram a ser conhecido por “Barbosa” de cima da serra e “Barbosa” debaixo da serra, na região do Amambaí, próximo ao Paraguai. Esta família mais tarde participaria da guerra do Paraguai.

Inácio, casado com Dona Antonia Isabel Marques, teve 17 filhos, dois dos quais morreram na guerra do Paraguai e sete fundaram fazendas por lá. Seu irmão Antonio deixou 10 filhos, dos quais, cinco, também, se afazendaram pelas terras do centro oeste. Um filho foi morto pelos índios Caiuá, e Dona Senhorinha Gonçalves Barbosa casou – se em Segunda núpcias com seu cunhado José Francisco Lopes, que mais tarde se celebrizou na batalha conhecida como Retirada da Laguna por ter levado os soldados do coronel Camisão até a sua fazenda do lado Brasil.

Esta Dona Senhorinha teve uma vida atribulada. Acompanhando o primeiro marido Gabriel Francisco Lopes, foi abrir fazenda num lugar que encontraram os paraguaios, em 1847. Tinham que lutar, constantemente, contra índios e os paraguaios, que consideravam a fronteira como terras paraguaias. Um ano passaram nesta situação de insegurança, até que Gabriel foi assassinado por dois escravos.

Uma patrulha paraguaia, que andava a sua procura, chegou a desenterrar - lhe o corpo, para certificar – se de sua morte. Não podendo prender o seu marido já morto, os paraguaios levaram Dona Senhorinha, só libertada por intervenção diplomacia brasileira.

Mais tarde em plena guerra do Paraguai, seu segundo marido viveria os transes da Retirada da Laguna e ela (Dona Senhorinha) seria presa novamente.

Nesta expansão para Mato Grosso está cheia de lances épicos: naufrágios no Urubupunga.ataques de índios, mortes de crianças , doenças , partos a céu aberto, secas trágicas e outras adversidades que relata o historiados Aluiso de Almeida.

A fama de Dona Senhorinha foi longe pela sua astúcia no sertão Mato – Grossense, pois muitas vezes enfrentou índios e os paraguaios para se defender e também os interesses do Brasil na fronteira com aquele país. A atuação dos ituveravenses e francanos ajudaram a fundar cidades como Campo Grande, Niaoque, Entre Rios, Aquidauana, Coxim. O célebre Marechal Rondom a encontrou já muito velha em fevereiro de 1905, ainda, vivendo na Fazenda Jardim, dando – nos o seu retrato : “Tipo de Mulher do campo,gorda , baixa, vivo olhos azuis, gostava muito de conversar e de tudo se lembrava.

Esta é a história de uma mulher filha de família ituveravense que escreveu uma bela página da história de Ituverava, Franca e do Brasil.

Fundamentado em livros de Geraldo Evangelista( ex-diretor da FFCL de Ituverava) e Moacir França

As relações entre a indústria do entretenimento, a política e o poder econômico

Os políticos fascistas buscaram por meio do totalitarismo fomentar, proteger e aparelhar a classe produtiva da Itália. O totalitarismo criou uma classe forte ligada à produção industrial que em troca protegeria os ideais fascistas. Ficou assim organizado um partido político de sistema polarizado.

As energias de transformações sociais e econômicas foram impostas à força por meio de repreensão e punição sem observar os direitos dos cidadãos. É um exemplo de relação entre o poder econômico e político. E essas relações já na Itália fascista geraram um sistema de manobra ideológica por via do mercado cultural do país: o cinema, o teatro, as revistas, os jornais. Ao mesmo tempo criou-se um sistema polarizado e excludente. Os socialistas e outros ideais na Itália não tiveram mais vez, até o findar da segunda grande guerra em 1945.

A ideologia fascista teve uma irmã direta, o nazismo de Hitler que confrontaram com outros ideais emergentes da época, a ditadura do proletariado, ou o comunismo soviético apregoado por Lênin, imposta pela ideologia da revolução russa de 1917. Veio a lume pelo símbolo da foice e do martelo.

O socialismo, um comunismo brando e mais tolerante ante à iniciativa privada, também teve países que o adotaram como Portugal de Salazar; e por outra via corria a democracia originada dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, que deram origem ao direito de eleger os representantes do povo pelo voto direto, sem a imposição da força.

O mundo ficou dividido em três correntes de ideologias polítcoeconômicas. A da ditadura das classes produtivas ( fascismo e nazismo), a da ditadura do proletariado ( comunismo e socialismo) e da liberdade, igualdade e fraternidade ( democracia ). Foram as correntes defendidas durante a segunda guerra mundial. Os soviéticos ( comunistas) aliaram aos americanos e ingleses ( democratas) que venceram os Nazifacistas.

Mais tarde, como se estivéssemos num campeonato de ideologias, teve início na década de 1950, a guerra fria. Os que eram os países aliados tornaram-se inimigos por conta das ideologias exercidas pelos poderes das potências mundiais. Os Estados Unidos viram na antiga União Soviética o inimigo número um de seus interesses no Oriente Médio ( onde o petróleo jorrava fácil) e norte da África. Com a conversão de Cuba ao socialismo, bem no quintal dos americanos, foi um cutucão de vara curta na América e a guerra fria explodiu.

De toda esta complexidade de interesses econômicos assistimos a décadas atravessadas pelo embate da guerra fria, entre os EUA representando a democracia e o capitalismo, e por outro lado a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas( URSS), representando o comunismo e o totalitarismo do proletariado. A guerra psicológica só se tornou real nos quintais de outros países: Coréia, Vietnã, Oriente Médio, Iraque. A União Soviética enviava seus homens e armamentos de um lado, e os Estados Unidos enviavam seus homens e armamentos de outro.

Com a queda do muro de Berlim, símbolo da divisória que a guerra fria produziu ao longo da segunda metade do século XX, surgiu a globalização, a sociedade de consumo.

A sociedade consumista e democrática fortaleceu mais as relações entre os poderes econômicos e políticos. Esses poderes estão canalizados por outras vias num modelo de ações políticas de gabinete e de conchavos blindados pelas leis, que são feitas por encomendas e, que dizem obedecer a ética, a moralidade pública e os bons costumes, sobretudo as transparências das ações políticas, a antítese da corrupção.

O consumismo anda de mãos dadas com a publicidade, sem a publicidade não existe o consumo em massa, e a publicidade patrocina a indústria do entretenimento onde está o mercado cultural do cinema, teatro, programas de televisão, revistas e jornais.

Os grandes patrocinadores das ações do mercado cultural não irão patrocinar o artista cujo papel desempenhado nos palcos, nas telas, espelhe uma ideologia contrária aos interesses de sua indústria que representa o poder econômico.

Este poder econômico, por sua vez, está ligado à política que podemos chamar de unidade de interesse. No sistema totalitário o governo controla a televisão, os jornais, o teatro. O povo só vai ouvir e ler o que interessa ao governo; porém, no sistema capitalista e regime democrático as ações culturais são livres, mas tem que respeitar os ideais das empresas (patrocinadores). Esse mesmo patrocinador vende ou presta serviços para o governo, que por sua vez exige veladamente uma conduta de seus parceiros. Resultado: o artista seja ele de que área for sempre terá que produzir a arte, que interessa ao governo vigente.

Os jornais, as emissoras, escrevem e falam o que interessam aos patrocinadores. O patrocínio que movimenta a indústria do entretenimento tem uma mão pesada. É exigente quanto à ideologia do que se escreve.

Esses mesmos patrocinadores prestam serviços à prefeitura, ao estado e à nação. Então, escrevemos o que os patrocinadores e o poder público querem. Aí esta a relação desse trinômio: entretenimento, política e poder econômico.

Professora e alunos da FFCL participam de simpósio internacional



A Professora de Lingüística da FFCL ( Faculdade de Filosofia Ciências e Letras) Fabiana Borges acompanhada das alunas Murilaine Otaviano, do curso de Graduação em Letras e participante do Projeto de Iniciação Científica da entidade de ensino ituveravense; da professora do Curso Objetivo e da Escola Técnica de Ituverava, Thaís Silva Marinheiro, e aluna do curso de Pós-Graduação em Letras - "Leitura e Produção de Textos" e, ainda, a aluna do curso de Pedagogia, Vanessa de Freitas Ferreira participaram do III SELL - Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários da UFTM ( Universidade Federal do Triângulo Mineiro), - com o tema: Conhecimentos em Diálogos: Linguagens e Ensino.
Murilaine Otaviano apresentou o painel intitulado "Análise do Discurso Midiático na Intervenção no Devido Processo Legal", sob orientação da Profa. Fabiana Borges. Também sob a mesma orientação, a aluna Thaís Silva apresentou a Comunicação Oral "Paráfrase e polissemia: produções textuais escritas na FFCL .", integrando com as alunas de pós-graduação da USP( Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, o Simpósio "Análise do discurso e literatura sustentando a interpretação e a produção textual", coordenado pela aluna de Pós-graduação da USP de Ribeirão Preto Elisângela Iamamoto.
A aluna Vanessa de Freitas apresentou por meio de comunicação oral "O livro didático: uma análise discursiva da polissemia”, e por fim a Profa. Fabiana Borges, também por meio de Comunicação Oral: "A leitura na graduação: gestos de interpretação e autoria".

Integraram o Simpósio intitulado "Autoria, leitura e interpretação: a produção de sentidos no livro didático e nas redações dos sujeitos-escolares", coordenado pela Profa. Soraya Pacífico da USP de Ribeirão Preto e integrado, também, por alunas de pós-graduação dessa instituição.
Este simpósio Internacional proporcionou discussões acerca da Linguística e da Literatura e suas implicações no ensino, permitindo a troca de experiências e a divulgação das pesquisas realizadas nas diversas faculdades do Brasil e do exterior.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

História da Música: Jazz Band

Foto de 1937 – Jazz Band Orquestra dirigida pelo maestro Clínio Júlio Depiro. O grupo musical se apresentava muito no antigo Teatro Santa Cecília, espaço cultural de dois andares com sala para 900 lugares. Na época do cinema mudo a Jazz Band fazia o fundo musical. Da esquerda para a direita: Jerônimo Restivo, Armando Seixas, D’Epiro, Agostinho dos Santos, José Restivo, José Demétrio e Frontina de Freitas.

Ituverava de Outrora: A Santa Casa de 1959

A foto da Santa Casa de Misericórdia de Ituverava é de 1959. Foi inaugurada em 8 de outubro de 1952 pelo governador do Estado de São Paulo, Prof° Lucas Nogueira Garcez que veio a cidade especialmente para inaugurar a nossa principal casa de saúde.Na época a diretória era formada pelos membros: Presidente espiritual – Pe Osório Araújo Lima;Presidente Administrativo – Dr.Gabriel Justino de Figueiredo ; Vice – Presidente :Francisco Bandiera ; 1° secretário – Luis Amendola;2° Secretário : Antonio Tomaseli; 1° Tesoureiro : Geraldo Ferrari;2° Tesoureiro :Moysés Miguel; Mesários:Paschoal Amêndola, Takaiuki Maeda e Oswaldo Tinasi. A diretoria, na época, nomeou para provedor o Sr.Francisco Bandiera e diretor clínico o Dr.Eduardo Prado Figueiredo. No ano de 1959 foi ampliado o Grupo cirúrgico e outras instalações, bem como a montagem do Raio X.

Pela Lei Estadual n/ 5003 de 28 de novembro de 1958, a Santa Casa foi declarada de utilidade pública, também na esfera Federal, medida que veio facilitar o recebimento de auxílio e subvenções.

Daí para frente à Santa Casa nunca mais parou de crescer. Mais um bloco de apartamento para leitos fora construído à frente do que vemos na foto. Em seguida o bloco do Pronto Socorro e Ortopedia, a Hemodiálise, Centro de Tratamento Intensivo e nova ala do Pronto de Socorro e, hoje, é considerada a 3° melhor Santa Casa do país atrás de Porto Alegre e Piracicaba.

Visibilidade e Enriquecimento



Imagens podem ser multiplicidades, complexidades e somatórias de coisas a frente de nossa visão. Podem ser figuras, quadros de arte, imagens de santo, da mídia, de cartazes. Tudo somando gera infinitas idéias que transitam entre o real e o imaginário.

E, é justamente esse trânsito de imagens a nossa frente que nos estimula, induz ocupar o nosso espírito por um motivo ou outro: pode ser pelo belo, pela fantasia, modismo, tendências múltiplas.

As imagens são infinitas, mesmo a nossa diante de espelhos plano, côncavo ou convexo. Cada espelho reflete sua imagem, podem ser: plana, afilada ou obesa e, assim, são as imagens que vemos a frente das nossas retinas. Enxergamos como desejamos, de acordo com as nossas tendências.

As imagens passam a nossa frente velozmente e a impressão que se fica é que correm concomitantemente aos ponteiros do relógio, porque o conceito é um só: tempo é dinheiro.

As relações que temos com as imagens são as mesmas que temos com o nosso corpo, nossos hábitos, costumes e ideologia. Tudo somado gera a curiosidade, esta é que nos impulsiona a ir atrás de uma imagem inusitada. As imagens são eternas batalhas entre o velho e novo. O novo sempre chama mais atenção e o velho tem que ser sempre reinventado.

As imagens exigem cada vez mais de nós porque rendemos ao consumo exagerado há muito tempo. O nosso consumo tornou – se um vício. Não damos trégua ao que queremos e tudo tem que ser para o agora. É preciso repensar os valores que damos para as coisas. É preciso mudar o conceito de que tempo é dinheiro, que tal a humanidade pensar que tempo é amor, paz, amizade.

O cenário futuro será de decisão. Matamos ou salvamos o nosso planeta. É hora da escolha. A terra abrigava 1 bilhão de seres humanos no ano de 1800, dois séculos depois somos quase 7 bilhões de habitantes.Como produzir cada vez mais? A quantidade de água é a mesma, a quantidade de terras agricultáveis vem diminuindo devido aos desastres ecológicos.

Por outro lado, as florestas e outros recursos naturais não são os mesmos de dois séculos atrás. Do petróleo de superfície já estamos explorando o petróleo do fundo do mar, bem além do fundo do mar: o pré – sal. Estamos furando a terra há séculos. Furamos, furamos para depois a Petrobrás mostrar a imagem de empresa próspera e sólida que vale a pena investir em suas ações.

Furamos a terra para explorar o minério de ferro, com esse mineral fabricamos carros, trens, tratores. De fato é preciso produzir. Porém, a imagem do dia seguinte instiga o consumidor a trocar de carro, a comprar outro trator para a lavoura. O que se produzia no passado era para durar 20,30 anos, hoje, são produtos descartáveis e em pouco tempo tornam – se sucata de ferro velho. Assim são com os computadores de outros produtos de tecnologia.

Se os processos das imagens endógenas e exógenas produzidas complexidade visual e mental geram verdadeiros acervos de imagens na nossa cabeça é porque é um processo natural. Toda essa troca de processo se avoluma com a avalanche de imagens espalhadas por uma sociedade globalizada. Uma sociedade que induz uma ideologia de consumismo de mulheres, de jovens, de homens engessados em padrões ditados pela Ditadura da Mídia. ”Para você fazer sucesso tem que ser assim, se não for assim está fora”. Esse é um tipo de imagem pessoal, do padrão que pode levar ao sucesso, do estereotipo do corpo, cabelo, moda.

Por outra via, temos as imagens dos produtos de consumo imediato. Alimentos, chocolates, roupas, celulares, refrigerantes. Beber cerveja foi trocado por consumo responsável. É o cara que sabe beber, sem se embriagar. Este é um cara bacana, que sabe beber e, sobretudo conquistador de mulheres com uma roupa bonita. É a nova imagem do homem que bebe cerveja, já não é mais a imagem daquele homem da ponta do balcão, de vida melancólica e desleixada.

Quem nunca se levantou e foi para a geladeira após ver um comercial na TV de uma pizza, de um chocolate, de doce qualquer, de um refrigerante, ou não se lembrou de listar para a compra do dia seguinte.

Vivemos no Brasil onde o mercado cultural representa apenas 5% do consumo. São 5% das pessoas que lêem bons livros e jornais, assistem bons filmes e peças teatrais, compram as boas músicas, procuram conhecer as diversidades culturais do país e consomem o necessário; no entanto, temos 95% de uma população de um país que gasta mal o dinheiro, que são facilmente seduzidos pelas imagens falsas que dizem levar ao sucesso financeiro e profissional, amoroso e pessoal.São constantemente enganados, tanto que boa parcela da população vive endividada , tornaram – se estatística dos cartões de crédito, contas bancárias e uma parcela esta com a ficha suja na polícia porque tentaram ou roubaram aquilo que não conseguiram comprar.

É a ditadura das imagens.

História do Futebol: Bandeirantes FC




O Bandeirante Futebol Cube era dirigido pelo ex-vereador Luiz Carlos Machado e treinava no campo onde está a Praça Odlon Teixeira, ou Praça da Santa, como, hoje é conhecida. O time usava a mesma farda da seleção brasileira: Camisas amarelas com colarinho verde, calções azuis e meias brancas.. Outros times que disputavam o amador: São Luis da Estação, Portuguesinha do Bicão, Vila São Jorge, Paulistano do Largo Velho, Cascata, São Francisco. Cada bairro tinha seu time e campo, ao contrário de hoje, que não tem mais times e nem campos

A foto é de 1974 e esta rasgada justo onde esta o jogador Wilsão que não aparece direito. O futebol amador era disputado no campo da Associação Atlética Ituveravense, que ficava lotado todos os domingos, como, de fato, vemos na foto . Vemos em pé da esquerda para direita: João Peixoto, Tim, Ademarzinho, Ney Jorge, Wilsão,Pinho,Jair e Ita;Agachados: na mesma ordem: Esquela , Raulzinho, Zé Geraldo, Quiçassa, Tião Caveira, Debá e Nuguete.