segunda-feira, 15 de novembro de 2010

História do Futebol: O título da A.A. I.

A Associação Atlética Ituveravense (A.A.I) teve grandes times de futebol e no ano de 1967 montou um esquadrão de ouro e disputou a final da 2° divisão do futebol paulista contra a Internacional de Limeira (campeão paulista de 1986 ao vencer o Palmeiras na final em pleno Parque Antartica). A Ituveravense venceu os dos jogos ( ida e volta) e ganhou o direito de disputar a primeira divisão.

Na época, no entanto, a Federação Paulista de Futebol (FPF) exigia que o estádio das Rua Victor Venerando da Fonseca fosse ampliado para no mínimo 15 mil pessoas.

A diretoria ainda construiu o lance de arquibancada do lado oposto do portão principal do Estádio. A obra deixou o estádio com a capacidade de público que abriga hoje: 6 mil pessoas; porém , não foi aprovado pela federação.

O jornal a Gazeta Esportiva de 10 de Março de 1967 circulou com a Manchete, “Ituveravense a um passo do título”. Era o jornal de esporte mais importante do país, e a nossa Ituverava era destaque. Uma pequena cidade do interior com menos de 20 mil habitantes era reconhecida no país, por causa do futebol.

“A Matéria referia – se a força do ‘Tigre do Pamal”; Tigre do Ramal como era conhecido o time da Associação Atlética Ituveravense; pois, ganhava todos os torneios disputados pelas cidades por onde passavam os trens da mojiana, por isso: ramal. Na revista Comarca de Ituverava de 1948 tem as histórias dos títulos do “Tigre”. Na torre da entrada do campo da A.A.I havia um desenho de um tigre, retirado nos anos de 1970. Era um símbolo de vitórias que deveria ser eternizado.

Nesse campeonato de 1967 o goleiro Carlos Henrique marcou um gol contra a Linense, de forma curiosa. Ao repor a bola em jogo, a bola atravessou todo o campo e entrou no gol do adversário.

O próprio historiador Dr.Antonio Barbosa Lima escreveu sobre o time da Associação Atlética Ituveravense em suas pesquisas.Diz ele ficar impressionado com tanto de gente de outras cidades vizinhas que vinham á cidade para assistir aos jogos do Tigre do Ramal .E os torcedores impressionavam com o talento de Salata, Gibi,Bimbo , este chegou a ter uma pequena passagem pelo Vasco da Gama do Rio de Janeiro.

A matemática de Deus


No livro Gênesis da Bíblia “Capítulo número 1, As Origens, A Criação, diz que no principio criou Deus o céu e a terra. Trevas cobriram a face do abismo; e o espírito de Deus era levado por cima das águas. Disse Deus: faça – se a luz. E fez – lhe a luz (...) Disse também Deus: - Faça – se o firmamento”.

A palavra disse do verbo dizer foi repetida várias vezes por Deus, segundo a bíblia Sagrada. Significa que Deus usou a palavra para compor o mundo com a sua forma material.

Explicar a criação do mundo levaram homens e mais homens sucumbirem nessas tentativas.

Marcelo Gleiser, físico notável, que já esteve no programa Fantástico da Rede Globo da televisão, escritor da Folha de São Paulo, explicou no caderno ilustríssima do mesmo órgão de imprensa que : “ Na renascença Copérnico , Kepler e mais tarde muitos falavam do cosmo como obra divinha , e da ciência ou , mais apropriada mente para a época , da filosofia natural , como ponto entre a razão humana e Deus, Para Deus , este geômetra usou as leis da matemática na construção do mundo.Cabe aos astrônomos e aos filósofos naturais decifrar estas leis para conhecermos a mente de DEUS.A princípio da discussão subentende – se que o dialeto comum entre os humanos e a divindade é a matemática “.

Penso particularmente que no verbo de Deus usada para a criação de fato esta a matemática. Vemo – la até mesmo na poesia. A poesia que os místicos dizem ser o canal com que Deus se comunica aos homens.

O imortal poeta Fernando Pessoa diz sobre os números; pois para ele o limite de um número determina o número seguinte.Pessoa escreve : “ O que não tem limites não existe .É que existir é haver outra coisa qualquer.

Fernando Pessoa em diálogo com o seu heterônimo Alberto Caieiro, escreve “Olha Caieiro - considere os números. Onde é que acabam os números? Tomemos qualquer número 34, por exemplo. Para além dele temos: 35, 36, 37,38 e assim sem poder parar. Não há números que não haja o numero maior. E isto é o limite que determina o maior. E limites é estudado em matemática num capitulo superior. Em Cálculo Exponencial e Integral, onde se estuda equações cujas incógnitas muitas vezes tendem ao infinito”.

Em outra visão, Marcelo Gleiser explica: “Imagine que o nosso conhecimento sobre o mundo caiba num círculo. Círculo do conhecimento. E como cresce o círculo? Através da nossa observação sobre o mundo e nós mesmos. E o que os olhos não veem, os telescópios e os microscópios veem; escreve Gleiser É o limite em que os cientistas têm que avançar para obter mais conhecimento.

E esses limites estão para cima (Telescópio) e para baixo (Microscópio).

Se o mundo é matemático, e os números não têm fim e se Deus usou a matemática para criar o mundo, através do verbo, vemos também que as palavras a todo o momento são criadas com os seus radicais, prefixos e sufixos, estamos à frente de um desafio constante, que é a criação.

A todo instante criamos, inventamos, nascemos, a vida não para como os números não param. O que o computador vem sendo para o homem neste início do seculo XXI, uma grande revolução da comunicação; a energia elétrica cumpriu o mesmo papel no início do século XX, da mesma forma a revolução industrial do século XIX transformou a sociedade e esfumaçou as cidades, vemos as revoluções da ciência que marcam a cada século desafiando os limites, é a prova de que Deus criou o mundo com a matemática, avançando, avançando, como os números, infinitamente.

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Nel Ramos Pereira

História do Futebol: O Futebol Amador da década de 1970.


Os Campos de futebol de Várzea eram inúmeros pela cidade. Nesses Campos os jovens treinavam todos os dias para disputar o campeonato amador no Estádio da Associação Atlética Ituveravense, que ficava lotado todos os domingos. Em média 3 mil pessoas assistiam as partidas .A arquibancada principal que era coberta ficava tomada de torcedores.

Oito eram os times: o São Francisco, fundado por Ivo Raimundo Alves treinava no Campo do Orlandão, onde está o Ginásio Municipal de Esportes. A farda era igual a do Palmeiras.

O Paulistano fundado em 1957 por José Ferreira da Silva, o Zé Bombo, treinava num campo onde está a rodoviária Municipal. Era o time do Largo Velho. A farda era igual a do São Paulo. O Paulistano realizava muitos jogos amistosos naquele campo. Havia um barranco que imitava uma arquibancada próxima à lateral e ficava tomada de torcedores.

O São Luiz era o time da Estação, treinava onde hoje está o bairro Parque do Trevo. A farda era igual a do Santos.

Num pouco abaixo havia o campo dos Mecânicos. Servia ao time dos Bandeirantes, a farda do clube era igual á da seleção brasileira. A cidade cresceu e trasformou - se na Praça odlon Teixeira, ou Praça da Santa.

A famosa Vila São Jorge treinava o seu time num campo de terra batida próximo ao rio do Carmo, a farda era igual a do Flamengo do Rio de Janeiro. Eurípides Jorge era o dono do time.

Por sua vez, Argemiro Martins, o Gimirão, fundou a Portuguesinha, o time do Bicão e treinava em campo no próprio bairro, próximo á saída velha para Guará.

Tivemos outros times, como o do Cascata, o campeão de 1970 e 71.O time era de uma empresa que mantinha o comércio de arroz na cidade com máquina de beneficiar e ensacamento. Os jogadores ganhavam sacos de arroz e outros cereais para jogar.O time treinava num campo da algodoeira Santo Antonio.Todos esses times jogaram entre 1970 a 75, com o Cascata bicampeão 70-71,São Francisco 1972-74, o Paulistano em 1973 e 75.

Nos anos seguintes outros times foram fundados, entre eles, o Haja, Clube Atlético Ituveravense. Quando terminava o torneio de cada ano, era comum trazer um time de expressão, como o misto da Ponte Preta para jogar contra a seleção do campeonato.

Ainda na década a diretoria da Associação Atlética Ituveravense tentou voltar a disputar o futebol profissional. A iluminação do campo foi providenciada e aconteceu o primeiro jogo de futebol noturno da cidade, contra o time do XV de Jaú, que disputava a divisão especial ao lado do São Paulo, Corinthians. A ituveravense perdeu por 3 x 1, com gol de pênalti de Gibi, com as arquibancadas repletas de torcedores.

A foto é do time do Cascata de 1972.Em pé, da esquerda para a direita: Vaz, Piolin,Goleiro Fransérgio,Carlito Santiago,Guru,Pezim, Verdureiro e Hernani. Agachados :Tochi, Abrão,Pezão,Roberto e Aguiar.Vemos na foto que a arquibancada ficava totalmente lotada .

Ituverava de Outrora

Foi instalado na Praça X de Março de 1945, um serviço de alto-falante uma iniciativa do comerciante Salvador Cordaro Cruz que mais tarde viria a ser o prefeito de Ituverava. Depois da febre da inauguração do Cine Rosário (1928) o footing voltou para a Praça X de Março ao receber a animação do Alto Falante .Funcionava na parte térrea da caixa d’água onde hoje estão os banheiros públicos.

Os organizadores do Alto falante fizeram uma programação durante o passeio da moçada. A programação seguia: “As suas Ordens”; ”Crônicas Amorosas”; “Programa Infantil” e “Dedicatória” eram realizadas por Fábio Bombig, Renato Amêndola, Sebastião Cordaro Cruz e Salvador Cordaro Cruz.

Salvador era o dono dos equipamentos e conta – nos através da revista “Comarca de Ituverava” como eram as dedicatórias durante o footing.

“Aqui é o Jorge Faria que oferece esta música de Vicente Celestino a uma senhorita que está passeando de vestido azul e que me mandou um bilhetinho esta semana no intervalo das aulas do ginásio.Carla, você sabe quem sou, não posso ficar mais; mas amanhã depois da aula, espero que fale comigo” e muitas vezes essas dedicatórias acabavam em casamento.

O footing na Praça X de Março foi incrementado com a inauguração do Cine Regina no final da década de 1950. Com instalações novas com capacidade para 700 lugares passou a ser o novo ponto de encontro da moçada. E a praça dos moldes antigo tinha o coreto no segundo andar da Caixa d`Água, que hoje, guarda a homenagem ao trabalhador rural. Neslon Cordaro e a sua banda tocavam todos os domingos e a moçada passeando em seu entorno ..

Há cem anos nascia o grupo escolar Fabiano


Há cem anos o secretário de Estado Dr. Antonio Arantes destinou verbas para a construção do 1° grupo escolar de Ituverava . O Dr.Altino tinha interesse em ser governador do Estado, e teve estreitas ligações com Ituverava, como hoje vemos nas atuações dos deputados Barros Munhoz, Arnaldo Jardim.

Altino Arantes comunicou por carta haver fundos para construção de um grupo escolar na cidade. Hoje, já não é mais grupo, e sim: Escola de Ensino Fundamental. Esta carta, no entanto, chegou às mãos de seu parceiro político na cidade, o Cap.Joaquim de Cerqueira César. Veio-lhe a missão de negociar com a Câmara Municipal, a qual deveria dar em contrapartida 10 contos para a construção do prédio.

O Prefeito da época era o senhor Balduino Nunes da Silva; mas o Cap Cerqueira César tomou as rédeas da negociação, e ele escreveu na antiga revista da comarca de Ituverava de 1942, um caso do assunto, o que é de assustar.

“Era mais do que natural que houvesse aprovação unânime. Mas não houve. Fui chamado de sonhador nesta cidade. Não havia dinheiro nem alunos suficientes para o funcionamento de um grupo escolar; e, depois o governo era uma turma de comedeira. Loucura! Não havia como pensar em obra dessa natureza. Era um desafio, A ladainha foi muito longa.

Posta em votação, a proposta foi aceita por cinco votos a dois”

Dois vereadores foram contra a construção da escola, ou melhor, a primeira escola pública da cidade. Alegaram que seria uma obra para comedeira de dinheiro e o outro justificou que a escola não teria alunos.

Depois das confusões o prefeito pode comprar o terreno e dar início à construção da primeira escola pública da cidade com a promulgação da lei n° 70 do ano de 1910. Nascia o Fabiano Alves de Freitas, que ficaria pronto 4 anos mais tarde.