quinta-feira, 21 de abril de 2011

História da Música: As Bandas de Ituverava



Em 1980 e ao longo da década foi criada e mantida a Banda Marcial Municipal de Ituverava. O prefeito da época José Coimbra trouxe o maestro Ronaldo Falleiros da vizinha cidade de Franca. Em pouco tempo passamos a ser destaque na região e no Estado de São Paulo. No fato vemos a apresentação na cidade de Ribeirão Preto em dia festivo: A apresentação se deu em frente ao Teatro Municipal e do lendário Pingüim, em 1981. Dois anos mais tarde, a banda Ituveravense se apresentou na cidade de São Paulo no dia de aniversário da Capital paulista quando a Secretaria Estadual de Cultura promoveu encontro de Bandas no vale do Anhangabaú. Entre dezenas de bandas, Ituverava voltou com título de vice-campeã. O evento foi televisionando pela TV Record.

Três Movimentos Maçonicos

Abolição, mais um movimento maçônico.






Os maçons, segundo alguns historiadores, no ano de 1800, portanto, oito anos após o trágico final do movimento mineiro, formaram a primeira loja maçônica brasileira que se chamou “União”. Mas, temos dados que em Minas Gerais, ainda no século XVIII já teríamos dito a primeira loja. Outros dados históricos indicam o Rio. Porém, pois, o historiador Wesley Jorge Freire escreveu “Outros autores dizem que a primeira loja maçônica brasileira foi instalada em 1802, na Bahia, sob o nome “Virtude e Razão”. Outros escreveram que a primeira loja instalada teria sido a “Constância e Filantropia”, foi fundada no Rio de Janeiro em 1803, sob o auspício do Grande Oriente Lusitano. No início, no Brasil, as lojas foram criadas por delegação do Grande Oriente Lusitano e também do Grande Oriente Francês.
Mas a 17 de junho de 1822 formou – se o Grande Oriente do Brasil, sendo o seu primeiro Grão Mestre, o irmão José Bonifácio de Andrada e Silva. O novo poder maçônico brasileiro conseguiu ser reconhecido pela maçonaria da França, Inglaterra e Estados Unidos.
A partir daí começou a grande influência dos maçons, mediante sigilo, frente aos deputados, imprensa, igrejas e outras agremiações sociais da época que estavam engajadas na luta para a emancipação dos nossos irmãos negros. Entre as grandes lideranças maçônicas: Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, Antonio Silva Jardim, José do Patrocínio , escreviam, discursavam e manobravam em favor da raça negra.
O movimento abolicionista estava ligado diretamente ao movimento republicano. Quintino Bocaiúva, Saldanha Marinho e Salvador de Mendonça organizavam um clube republicano no Rio de Janeiro; e um mês depois lançaram um manifesto á nação através de um jornal próprio, a República. Ao todo, no Brasil, foram criados 273 clubes republicanos ligados a Sociedade Abolicionista.
Dentro dos clubes republicanos, Machado de Assis assume a liderança do culto cívico á Tiradentes. O Objetivo era glorificar Tiradentes, em exaltar o herói da Inconfidência Mineira; o poeta candoreiro, Castro Alves escreveu e encenou a peça “Gonzaga e a Revolução de Minas” era do mesmo modo a glorificação de 21 de abril. Era uma forma de expansão do sentimento nativista e de oposição á monarquia.Tanto assim que, depois de 1870, passou Tiradentes a ser um símbolo republicano.Funda – se clubes com o nome Tiradentes, festejava – se o 21 de abril, encenava a Inconfidência Mineira constantemente.
Sigilosamente, por trás dos clubes republicanos estava a atuação das Lojas Maçônicas. A Igreja Católica trabalhava a favor da Abolição. Padres e Freis promoviam sermões inflamados em suas missas; mas nunca trabalharam em parcimônia com os maçons. Ao contrário, a Igreja Católica nunca gostou dos maçons, muitos foram os entreveros.
E nessa luta, o Estado de São Paulo saiu á frente graças a algumas leis estaduais, criou – se um fundo de emancipação. Esse fundo funcionava por meio de repasse de verbas para os municípios que comprassem os escravos com o intuito de garantir a libertação.
Á medida tinha como objetivo incentivar a contratação de estrangeiros que representavam uma mão de obra mais barata, tanto que em meados em 1884, o Estado começou a subsidiar a vinda de imigrantes para o Brasil (1). Foi, justamente, essa medida que alavancou o Estado de São Paulo e tornou o primeiro em desenvolvimento.
Mas em outras regiões a situação do quadro social era de desespero “No Rio de Janeiro, muitos foram os fazendeiros que sucumbiram á lei, por suicídio, por desespero, perdendo fortunas, sem decisão para prosseguirem sem seus caminhos, em suas tarefas, sem o braço escravo (2)”.
E, assim, a monarquistas e os escravocratas foram vencidos pelos republicanos e abolicionistas.
Com muitas publicações em jornais, discursos nas calçadas dos clubes republicanos, os republicanos e abolicionistas foram convencendo a grande massa humana brasileira, sendo a convenção republicana de Itu – SP, um dos pontos chaves do movimento. Quando a 13 de maio e, finalmente, promulgada a lei de libertação dos escravos, em todo o país comemorava – se o fato dado pelas mãos da princesa Izabel.

Referência bibliográfica; (1) Jornal Folha de Ribeirão; (2) Livro Abolição de Marilusa Moreis Vasconcelos e a revista “União e Trabalho”.

Os maçons, segundo alguns historiadores, no ano de 1800, portanto, oito anos após o trágico final do movimento mineiro, formaram a primeira loja maçônica brasileira que se chamou “União”. Mas, temos dados que em Minas Gerais, ainda no século XVIII já teríamos dito a primeira loja. Outros dados históricos indicam o Rio. Porém, pois, o historiador Wesley Jorge Freire escreveu “Outros autores dizem que a primeira loja maçônica brasileira foi instalada em 1802, na Bahia, sob o nome “Virtude e Razão”. Outros escreveram que a primeira loja instalada teria sido a “Constância e Filantropia”, foi fundada no Rio de Janeiro em 1803, sob o auspício do Grande Oriente Lusitano. No início, no Brasil, as lojas foram criadas por delegação do Grande Oriente Lusitano e também do Grande Oriente Francês.
Mas a 17 de junho de 1822 formou – se o Grande Oriente do Brasil, sendo o seu primeiro Grão Mestre, o irmão José Bonifácio de Andrada e Silva. O novo poder maçônico brasileiro conseguiu ser reconhecido pela maçonaria da França, Inglaterra e Estados Unidos.
A partir daí começou a grande influência dos maçons, mediante sigilo, frente aos deputados, imprensa, igrejas e outras agremiações sociais da época que estavam engajadas na luta para a emancipação dos nossos irmãos negros. Entre as grandes lideranças maçônicas: Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, Antonio Silva Jardim, José do Patrocínio , escreviam, discursavam e manobravam em favor da raça negra.
O movimento abolicionista estava ligado diretamente ao movimento republicano. Quintino Bocaiúva, Saldanha Marinho e Salvador de Mendonça organizavam um clube republicano no Rio de Janeiro; e um mês depois lançaram um manifesto á nação através de um jornal próprio, a República. Ao todo, no Brasil, foram criados 273 clubes republicanos ligados a Sociedade Abolicionista.
Dentro dos clubes republicanos, Machado de Assis assume a liderança do culto cívico á Tiradentes. O Objetivo era glorificar Tiradentes, em exaltar o herói da Inconfidência Mineira; o poeta candoreiro, Castro Alves escreveu e encenou a peça “Gonzaga e a Revolução de Minas” era do mesmo modo a glorificação de 21 de abril. Era uma forma de expansão do sentimento nativista e de oposição á monarquia.Tanto assim que, depois de 1870, passou Tiradentes a ser um símbolo republicano.Funda – se clubes com o nome Tiradentes, festejava – se o 21 de abril, encenava a Inconfidência Mineira constantemente.
Sigilosamente, por trás dos clubes republicanos estava a atuação das Lojas Maçônicas. A Igreja Católica trabalhava a favor da Abolição. Padres e Freis promoviam sermões inflamados em suas missas; mas nunca trabalharam em parcimônia com os maçons. Ao contrário, a Igreja Católica nunca gostou dos maçons, muitos foram os entreveros.
E nessa luta, o Estado de São Paulo saiu á frente graças a algumas leis estaduais, criou – se um fundo de emancipação. Esse fundo funcionava por meio de repasse de verbas para os municípios que comprassem os escravos com o intuito de garantir a libertação.
Á medida tinha como objetivo incentivar a contratação de estrangeiros que representavam uma mão de obra mais barata, tanto que em meados em 1884, o Estado começou a subsidiar a vinda de imigrantes para o Brasil (1). Foi, justamente, essa medida que alavancou o Estado de São Paulo e tornou o primeiro em desenvolvimento.
Mas em outras regiões a situação do quadro social era de desespero “No Rio de Janeiro, muitos foram os fazendeiros que sucumbiram á lei, por suicídio, por desespero, perdendo fortunas, sem decisão para prosseguirem sem seus caminhos, em suas tarefas, sem o braço escravo (2)”.
E, assim, a monarquistas e os escravocratas foram vencidos pelos republicanos e abolicionistas.
Com muitas publicações em jornais, discursos nas calçadas dos clubes republicanos, os republicanos e abolicionistas foram convencendo a grande massa humana brasileira, sendo a convenção republicana de Itu – SP, um dos pontos chaves do movimento. Quando a 13 de maio e, finalmente, promulgada a lei de libertação dos escravos, em todo o país comemorava – se o fato dado pelas mãos da princesa Izabel.

Referência bibliográfica; (1) Jornal Folha de Ribeirão; (2) Livro Abolição de Marilusa Moreis Vasconcelos e a revista “União e Trabalho”.

A Maçonaria na Independência da América Latina




Vimos as participações dos maçons no movimento da Inconfidência Mineira e no movimento Abolicionista, agora leremos um pouco sobre a influência do lema Igualdade, Fraternidade e Liberdade na América Latina.
As revoluções dos paises latinos americanos estão todas inseridas nos ideais maçônicos oriundos dos ideais Franceses e dos maçons ingleses.
O venezuelano Simom Bolívar (1783 – 1830) foi um dos mais influentes nessas lutas liberdatárias, não esteve sozinho nesses ideais. Ele foi pupilo de um outro maçom revolucionário André Bello (1785 – 1865).
Simom Bolívar foi iniciado na Loja Maçônica Lautaro, de Londres. Andou por toda a América. Em Ayacucho marca uma clara linha divisória na história americana. Não só determina a liberdade do Peru e também a criação de um outro estado americano, a Bolívia. O seu poder substitui naquele momento o antigo poder na Espanha.
Bolívar enfrentou problemas extremos, advindos, principalmente da ordem cultural de nossa formação indígena. Mesmo impondo a liberdade aos povos, viu antes de morrer: a Colômbia, a Venezuela e a Bolívia anarquizadas. Talvez, se estivesse vivo hoje, veria o mesmo nesses países. Quem não nota as atrapalhadas de um Hugo Chaves colocando o futuro de uma Venezuela numa encruzilhada política, encurralando o futuro do povo Venezuelano, com o seu socialismo arcaico, o mesmo arruinou Cuba de Fidel Castro!
Bolívar determinou a liberdade do Peru e garantiu e liberdade da Bolívia. Hoje, os bolivianos veem o Brasil como um país imperialista. Da mesma forma que nós, os brasileiros considerávamos os Estados Unidos nas décadas de 1960 e 70. O sonho de Bolívar era ver a América do Sul unida. Deixou cinco países libertos. Mas, se ele pudesse ficar vivo veria muitas guerras entre os “hermanos”. Trinta e cinco anos após a sua morte aconteceria a maior guerra do continente, entre Brasil e Paraguai, com o envolvimento da Argentina.
Bolívar este ligado a Andrés Bello e a José de San Martin. Martin, este foi o idealizador do lema “Liberdade, Igualdade e fraternidade”. Bello foi o criador da Universidade de Buenos Aires. Todos eles freqüentaram a Loja Grande Reunião Americana fundada pelo imortal venezuelano, Francisco Miranda. Miranda foi um general das forças de Napoleão. Lutou pela independência dos Estados Unidos, colaborando com as vitórias de Washington.
Bolívar, Bello, Miranda, Martin também tiveram passagem pelas lojas maçônicas da Inglaterra e da França, principalmente em Montepllier, grande centro maçônicos e difusores do iluminismo.
A maçonaria era uma só nação. Da mesma forma que o venezuelano Miranda foi ajudar na luta pela independência norte – americana, o Lorde inglês Thomas Alexander Cohrane ajudou Bolívar a realizar a independência chilena e depois veio ao Brasil para ajudar as tropas do imperador D.Pedro I (Ler Livro : “História do Brasil, uma mulher entre os soldados”.): igualmente, o maçom John Grenfhel veio ao Brasil para dar a sua força e ajudar no cerco a esquadra portuguesa no litoral da Bahia. D.Pedro I tornou-se maçom, e se afastou após os primeiros contatos e reunião, desconfiou ser uma ameaça ao seu trono de Imperador.
No entanto, toda essa irmandade maçônica dos latinos não se estendia a eles – franceses e ingleses – quanto se referia a libertação de suas colônias. Apesar das principais lojas maçônicas do mundo estarem em Londres e Paris, as colônias inglesas e francesas só começaram a se libertarem na primeira metade do século XX.Eles (os franceses e ingleses) revolucionaram as terras das colônias portuguesas e espanholas,pregando os ideais de “Liberdade, Igualdade, Fraternidade e Justiça” , mas deixaram intactas as terras das colônias inglesas e francesas.E a história sempre se repete.Eles, antes quiseram o nosso açúcar, o açúcar dos latinos e brasileiros , agora, eles querem o etanol dos brasileiros.
E os espanhóis ficaram traumatizados com a maçonaria depois de perderem todas as colônias; hoje, Juizes, Promotores, delegados, fiscais ao passarem em concurso têm que declarar se são maçons, se mentirem estão fora!


O caráter maçônico da Inconfidência Mineira





Este mês comemoramos o 222° aniversário da Inconfidência Mineira. O movimento deu – nos o mártir da Independência, Tiradentes. Em Ituverava a sua figura é patrono de uma de nossas ruas e também da polícia Civil.
Poucos historiadores e professores comentam que o movimento da Inconfidência Mineira tenha sido movimento de caráter maçônico. Porém, pois, inúmeros historiadores escreveram sobre o assunto: Joaquim Norberto de Souza, Dr.Felício dos Santos, Gustavo Barroso, Lúcio José da Costa. Estes são alguns estudiosos que provaram ter sido a Inconfidência Mineira um movimento de caráter maçônico.
A Inconfidência Mineira reserva muitos mistérios aos estudiosos do tema. Para iniciar, vemos a iniciativa de José Joaquim da Maia, estudante da Universidade de Montpellier, grande centro maçônico. Ele tentou já em 1786, na Europa, auxílio dos Estados Unidos, que para ele seria decisivo para o sucesso do movimento mineiro. Vejam que este episódio foi um pouco antes de Tiradentes entrar no movimento como líder.
O historiador Joaquim Norberto de Souza escreveu em sua obra que há um pormenor de real importância, na primeira carta de Maia ao maçom e Percussor da independência norte – americano, Thomas Jefferson. Joaquim da Maia solicitou que a resposta do ministro dos Estados Unidos fosse dirigida a Mr.Vigaron, professor da Universidade de Montepllier.Por que a indicação?Por que o estudante carioca envolveria em tão grave assunto?Por que lhe depositava tal confiança a ponto de fazer dele um intermediário? São perguntas do historiador que ficam no ar.
Norberto de Souza acha que na Universidade de Montpellier ou com alunos dela, funcionam várias lojas maçônicas, inclusive uma, constituída em sua maioria por professores. Talvez, um deles fosse o professor Vigaron, irmão maçônico de José Joaquim da Maia.
Esse episódio de Maia em França fora descoberto mais tarde pelas autoridades portuguesas. As autoridades ficaram apavoradas. Joaquim Maia teve uma morte misteriosa. Pouco se fala da morte prematura de Maia. Os historiados não encontram subsídios para se aprofundarem no tema.
O Visconde de Barbacena, o então governador da província de Minas, considerou o fato “digno de maior e mais particular averiguação” e ordenou a feitura de um auto separado de todas as circunstâncias. ”Exigiu cópias autênticas e urgentes, o que bem demonstra a relevância que atribuíram o assunto”.
O movimento dos inconfidentes era formado por três linhagens. A dos militares, a dos intelectuais - acadêmicos e do clero. Seis foram os padres que participaram, apesar de a Igreja Católica, na época, ser contra a maçonaria. s.
Tomás Gonzaga, Cláudio Manuel, Alvarenga Peixoto, Álvaro Maciel e o Cônego Luis Vieira eram os intelectuais do movimento. Maciel em Londres estudou mineralogia, freqüentou a Loja Grande Reunião Americana fundada pelo imortal venezuelano, Francisco Miranda. Os ingleses estavam interessados na liberdade de todas as nações do continente americano. Queriam aumentar o mercado de consumo. Por isso esse apoio que partiu da maçonaria.
Miranda foi um general das forças de Napoleão. Depois lutou pela Independência dos Estados Unidos, colaborando para a vitória de Washington em York Towun. Não é á toa que a planta da cidade de Washington,capital dos Estados Unidos seque as linhas da simbologia maçônica.Em paralelo na América do Sul, os líderes maçons :Sucre, San Martin,Bolívar através dos ideais da Liberdade , Igualdade e Fraternidade receberam apoio de Miranda e tentaram a independência dos países da América Espanhola e conseguiram.Na época eram apenas quatro países.
Tomás, Cláudio e Alvarenga estudaram em Coimbra e o Cônego Luis Vieira teve a maior biblioteca da então Vila Rica do século XVIII. Mais tarde chegaria a Minas, o médico Amaral Gurgel, também procedente da Europa. O grau de intelectualidade era fora do comum e tiveram acesso aos meios acadêmicos e intelectuais dos mais relevantes da Europa.
As lojas maçônicas quais, Maciel, Maia e Gurgel passaram na Europa foram freqüentadas por Voltaire, os geômetras: La Place e D’Alembert, o naturalista Lamarck. Não foi á toa que Pedro Calmom escreveu: “A Maçonaria Mineira correspondeu a um reflexo desse estado geral do espírito da Europa. Os intelectuais ao chegarem a Minas viram um Estado sem estrada, sem infra – estrutura , sem serviço de saúde e escola.O Brasil estava dois séculos atraso.
Talvez, se Maia voltasse ao Brasil, depois de ter vivido entre os homens cultos da Europa, como ele se comportaria frente a Tiradentes?
Tiradentes fora um homem rude. Não era dado as letras. Mas gostava de freqüentar as altas rodas. Pelo que consta não teve tanta cultura para entender o movimento Iluminista da Europa. Porém, sabia que o cidadão de bem tinha que ter liberdade, Viu que muitos brasileiros, pais de família, homens trabalhadores enfrentavam uma espionagem intolerável. Por toda a parte havia um espião. Apesar de sua “ignorância” em relação ao grupo de intelectuais, teve na coragem, a sua principal virtude.
Os primeiros contatos de Tiradentes com a Maçonaria foi com Álvares Maciel. Acredita – se que ele fundou a loja maçônica de Tejuco – Hoje Diamantina.
O problema de Tiradentes: não gostava de guardar segredos. Guardar segredos é o primeiro passo para ser um maçom. Por causa desse comportamento estabanado, foi chamado de louco por Tomás. Isso esta bem claro no livro de Augusto de Lima Júnior: ”Iniciado na Maçonaria , Tiradentes tomava parte nas reuniões , no Rio de Janeiro e pregava suas doutrinas onde quer que passasse”, escreveu Lima Júnior. As Liras de Tomás em “Marília de Dirceu” também notamos o trecho em que Tomás chama Tiradentes de louco.
Se ele falasse menos não teria dito um amigo que considerava dileto: Joaquim Silveira dos Reis, o traidor. Silvério dos Reis aproveitou desse erro de Tiradentes: Falar demais. Silvério fez as delações quando Tiradentes se encontrava no Rio de Janeiro, preparando os arranjos finais do levante.
Mas, depois que Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro surgiu nas ruas de Ouro Preto, o misterioso embuçado. Segundo os historiadores era uma pessoa ligada ao movimento, podendo ser até mulher. Notícia naquele tempo era uma preciosidade. Com todos sendo espionados, alguém se disfarçou. Andando pelos becos mal iluminados, tentando contar ao poeta Tomas, que Tiradentes havia sido preso no Rio de Janeiro e que seria muito bom se ele (Tomás) fugisse.
Fica mais duas perguntas. Como seria Joaquim da Maia ao lado de Tiradentes? Como seria a Inconfidência Mineira se Maia não tivesse uma morte prematura? E quem era esse tal embuçado?

“Fundamentos em “Poesias dos Inconfidentes”: Editora Aguilar e os “Forjadores do Mundo Moderno”: Editora Fulgor. .