terça-feira, 26 de julho de 2011

História do Futebol: Time de A.A. I de 1935


Em 1935 havia dois campos de futebol na cidade. Um era no Largo da Matriz ou Praça Hélvio Nunca da Silva e outro é o atual campo da Associação Atlética Ituveravense (A.A.I) que ainda não tinha alambrado e nem arquibancadas. O historiador Moacir Franca destaca em seu livro “Subsídios para a História de Ituverava”, que o campo foi conseguido ante a um esforço inaudito. ”Graças a atuação destacada de Alcino Parreira, Francisco Ferreira Telles e outros, a agremiação conseguiu comprar o terreno onde construiu, em seguida, a sua Praça de Esporte, mais tarde ampliada, reformada e melhorada”. Por isso que é importante a preservação da Praça de Esportes da A.A.I.

Na foto tirada em 21 de abril de 1935, feriado de Tiradentes, foi um jogo disputado contra Orlândia com vitória do esquadrão da AAI por 4x3. Em pé da direita para esquerda: Aristides, Jorge Ovídio, Moacir, Cecim, Zé Galizi e Cachimbo. Ajoelhados da esquerda para a direita: Luis França, Deputado, Núncio, Halley e Rui de Lima.

Ituverava de outrora: Rodeio Show um evento que começou em 1968



Ituverava Rodeio Show é um evento que teve várias versões desde 1968. Neste ano foi realizado a FAPICI (Feira Agropecuária industrial e Comercial de Ituverava) e coincidia com aniversário da cidade. A festa foi criada pelo então Prefeito Orlando Seixas Rego ( 1967-68/1973-76/1983-84) e era realizado no Parque do Trevo.

O Prefeito seguinte Arquibaldo Moreira Coimbra (1969 a 72/1992 a 96) abraçou a idéia e continuou a fazê – la no mesmo lugar. Em 1970 a FAPICI ganhou notoriedade no país, foi matéria do famoso jornal O Estado de São Paulo. Ser reconhecido por um jornal de tal grandeza era algo difícil na época. E Ituverava conseguiu essa façanha.

A FAPICI mudou de endereço, foi para os arredores do Ginásio de Esportes em 1974, - ano em que foi inaugurado com um jogo de futebol de salão entre Ituverava e Palmeiras - ;e essa versão da festa durou até 1976.

A partir de 1977 com o prefeito José Coimbra (1977/82) cada chefe do executivo fazia a festa do aniversário com uma versão diferente, sempre aos arredores do ginásio de esportes.

A atual arquibancada coberta do campo era um barranco de terra, onde o povo se acotovelava para assistir ao rodeio que acontecia no campo de terra. Orlando Seixas Rego voltou ao cargo e o evento continuou durante o aniversário da cidade.

O prefeito Lúcio Adalberto Lima Machado ( 1984-88/1997-2004) promoveu a festa do centenário, mudando o endereço, a feira de amostra e rodeio foram para próximo ao bairro da Cohab.

Em 1990 durante a administração do Prefeito Ecyr Alves Ferreira (1989- 1992) foi realizada a primeira festa do peão de boiadeiro da cidade que aconteceu fora do período de aniversário. Passou a ser realizada em junho e julho. Na ocasião o evento aconteceu no campo da Associação Atlética Ituveravense (A.A. I) cujo presidente era o Ricardo Rodrguês Chaibub (Kadão).

No ano seguinte o prefeito Ecyr doou o terreno onde é o Parque Permanente de Exposição para o Sindicato Rural, onde foi construída toda infraestrutura que hoje é utilizada para vários eventos.

A partir de 1991 até 2003 o Sindicato Rural promoveu a Festa através de sua diretoria com grandes atrações.

Depois de dois anos sem realizações iniciaram a nova fase da festa que já completa o 6° ano ininterrupto. O Ituverava Rodeio Show iniciou uma novidade, uma noite gratuita e a entrada: dois quilos de alimentos não perecíveis para serem doadas aos mais carentes .

A Saga Senhorinha


O sul do Mato Grosso em 1829 e nos primeiros anos da década de 1830, estavam praticamente despovoado conta o historiador Caio Prado Júnior, ex – professor da Universidade de São Paulo. “Os primeiros colonizadores do Estado foram gente de Franca e Carmo da Franca” , escreveu o escritor. Carmo da Franca é o nome antigo de Ituverava.

Por essa razão vivemos os primeiros 50 anos de nossa colonização com a economia estagnada. Muitos jovens que aqui nasciam não satisfeitos com a situação seguiam para Goiás a procura de terras férteis.

Mais dois historiadores se ocuparam dos estudos de nossa região e a colonização de Goiás e Mato Grosso. Nelson Werneck Sodré, em seu livro “Oeste” e Aluísio de Almeida em “O Grande Sertão de Mato Grosso”.

E dos bandeirantes nascidos no Carmo da Franca, que participaram da ocupação e exploração das terras do oeste brasileiro, estão os senhores José Antônio Tosta, Sabino Garcia Leite e os irmãos Inácio, Antonio e Francisco, que, assinavam o sobrenome Gonçalves Barbosa.

Ao total foram 17 pessoas da nossa terrinha que seguiram rumo ao sertão mato-grossense a fim de conquistarem fazendas.

“A família Barbosa” foi o que mais conquistaram terras. Foram tantas fazendas que em Mato Grosso passaram a ser conhecido por “Barbosa” de cima da serra e “Barbosa” debaixo da serra, na região do Amambaí, próximo ao Paraguai. Esta família mais tarde participaria da guerra do Paraguai.

Inácio, casado com Dona Antonia Isabel Marques, teve 17 filhos, dois dos quais morreram na guerra do Paraguai e sete fundaram fazendas por lá. Seu irmão Antonio deixou 10 filhos, dos quais, cinco, também, se afazendaram pelas terras do centro oeste. Um filho foi morto pelos índios Caiuá, e Dona Senhorinha Gonçalves Barbosa casou – se em Segunda núpcias com seu cunhado José Francisco Lopes, que mais tarde se celebrizou na batalha conhecida como Retirada da Laguna por ter levado os soldados do coronel Camisão até a sua fazenda do lado Brasil.

Esta Dona Senhorinha teve uma vida atribulada. Acompanhando o primeiro marido Gabriel Francisco Lopes, foi abrir fazenda num lugar que encontraram os paraguaios, em 1847. Tinham que lutar, constantemente, contra índios e os paraguaios, que consideravam a fronteira como terras paraguaias. Um ano passaram nesta situação de insegurança, até que Gabriel foi assassinado por dois escravos.

Uma patrulha paraguaia, que andava a sua procura, chegou a desenterrar - lhe o corpo, para certificar – se de sua morte. Não podendo prender o seu marido já morto, os paraguaios levaram Dona Senhorinha, só libertada por intervenção diplomacia brasileira.

Mais tarde em plena guerra do Paraguai, seu segundo marido viveria os transes da Retirada da Laguna e ela (Dona Senhorinha) seria presa novamente.

Nesta expansão para Mato Grosso está cheia de lances épicos: naufrágios no Urubupunga.ataques de índios, mortes de crianças , doenças , partos a céu aberto, secas trágicas e outras adversidades que relata o historiados Aluiso de Almeida.

A fama de Dona Senhorinha foi longe pela sua astúcia no sertão Mato – Grossense, pois muitas vezes enfrentou índios e os paraguaios para se defender e também os interesses do Brasil na fronteira com aquele país. A atuação dos ituveravenses e francanos ajudaram a fundar cidades como Campo Grande, Niaoque, Entre Rios, Aquidauana, Coxim. O célebre Marechal Rondom a encontrou já muito velha em fevereiro de 1905, ainda, vivendo na Fazenda Jardim, dando – nos o seu retrato : “Tipo de Mulher do campo,gorda , baixa, vivo olhos azuis, gostava muito de conversar e de tudo se lembrava.

Esta é a história de uma mulher filha de família ituveravense que escreveu uma bela página da história de Ituverava, Franca e do Brasil.

Fundamentado em livros de Geraldo Evangelista( ex-diretor da FFCL de Ituverava) e Moacir França

As relações entre a indústria do entretenimento, a política e o poder econômico

Os políticos fascistas buscaram por meio do totalitarismo fomentar, proteger e aparelhar a classe produtiva da Itália. O totalitarismo criou uma classe forte ligada à produção industrial que em troca protegeria os ideais fascistas. Ficou assim organizado um partido político de sistema polarizado.

As energias de transformações sociais e econômicas foram impostas à força por meio de repreensão e punição sem observar os direitos dos cidadãos. É um exemplo de relação entre o poder econômico e político. E essas relações já na Itália fascista geraram um sistema de manobra ideológica por via do mercado cultural do país: o cinema, o teatro, as revistas, os jornais. Ao mesmo tempo criou-se um sistema polarizado e excludente. Os socialistas e outros ideais na Itália não tiveram mais vez, até o findar da segunda grande guerra em 1945.

A ideologia fascista teve uma irmã direta, o nazismo de Hitler que confrontaram com outros ideais emergentes da época, a ditadura do proletariado, ou o comunismo soviético apregoado por Lênin, imposta pela ideologia da revolução russa de 1917. Veio a lume pelo símbolo da foice e do martelo.

O socialismo, um comunismo brando e mais tolerante ante à iniciativa privada, também teve países que o adotaram como Portugal de Salazar; e por outra via corria a democracia originada dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, que deram origem ao direito de eleger os representantes do povo pelo voto direto, sem a imposição da força.

O mundo ficou dividido em três correntes de ideologias polítcoeconômicas. A da ditadura das classes produtivas ( fascismo e nazismo), a da ditadura do proletariado ( comunismo e socialismo) e da liberdade, igualdade e fraternidade ( democracia ). Foram as correntes defendidas durante a segunda guerra mundial. Os soviéticos ( comunistas) aliaram aos americanos e ingleses ( democratas) que venceram os Nazifacistas.

Mais tarde, como se estivéssemos num campeonato de ideologias, teve início na década de 1950, a guerra fria. Os que eram os países aliados tornaram-se inimigos por conta das ideologias exercidas pelos poderes das potências mundiais. Os Estados Unidos viram na antiga União Soviética o inimigo número um de seus interesses no Oriente Médio ( onde o petróleo jorrava fácil) e norte da África. Com a conversão de Cuba ao socialismo, bem no quintal dos americanos, foi um cutucão de vara curta na América e a guerra fria explodiu.

De toda esta complexidade de interesses econômicos assistimos a décadas atravessadas pelo embate da guerra fria, entre os EUA representando a democracia e o capitalismo, e por outro lado a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas( URSS), representando o comunismo e o totalitarismo do proletariado. A guerra psicológica só se tornou real nos quintais de outros países: Coréia, Vietnã, Oriente Médio, Iraque. A União Soviética enviava seus homens e armamentos de um lado, e os Estados Unidos enviavam seus homens e armamentos de outro.

Com a queda do muro de Berlim, símbolo da divisória que a guerra fria produziu ao longo da segunda metade do século XX, surgiu a globalização, a sociedade de consumo.

A sociedade consumista e democrática fortaleceu mais as relações entre os poderes econômicos e políticos. Esses poderes estão canalizados por outras vias num modelo de ações políticas de gabinete e de conchavos blindados pelas leis, que são feitas por encomendas e, que dizem obedecer a ética, a moralidade pública e os bons costumes, sobretudo as transparências das ações políticas, a antítese da corrupção.

O consumismo anda de mãos dadas com a publicidade, sem a publicidade não existe o consumo em massa, e a publicidade patrocina a indústria do entretenimento onde está o mercado cultural do cinema, teatro, programas de televisão, revistas e jornais.

Os grandes patrocinadores das ações do mercado cultural não irão patrocinar o artista cujo papel desempenhado nos palcos, nas telas, espelhe uma ideologia contrária aos interesses de sua indústria que representa o poder econômico.

Este poder econômico, por sua vez, está ligado à política que podemos chamar de unidade de interesse. No sistema totalitário o governo controla a televisão, os jornais, o teatro. O povo só vai ouvir e ler o que interessa ao governo; porém, no sistema capitalista e regime democrático as ações culturais são livres, mas tem que respeitar os ideais das empresas (patrocinadores). Esse mesmo patrocinador vende ou presta serviços para o governo, que por sua vez exige veladamente uma conduta de seus parceiros. Resultado: o artista seja ele de que área for sempre terá que produzir a arte, que interessa ao governo vigente.

Os jornais, as emissoras, escrevem e falam o que interessam aos patrocinadores. O patrocínio que movimenta a indústria do entretenimento tem uma mão pesada. É exigente quanto à ideologia do que se escreve.

Esses mesmos patrocinadores prestam serviços à prefeitura, ao estado e à nação. Então, escrevemos o que os patrocinadores e o poder público querem. Aí esta a relação desse trinômio: entretenimento, política e poder econômico.

Professora e alunos da FFCL participam de simpósio internacional



A Professora de Lingüística da FFCL ( Faculdade de Filosofia Ciências e Letras) Fabiana Borges acompanhada das alunas Murilaine Otaviano, do curso de Graduação em Letras e participante do Projeto de Iniciação Científica da entidade de ensino ituveravense; da professora do Curso Objetivo e da Escola Técnica de Ituverava, Thaís Silva Marinheiro, e aluna do curso de Pós-Graduação em Letras - "Leitura e Produção de Textos" e, ainda, a aluna do curso de Pedagogia, Vanessa de Freitas Ferreira participaram do III SELL - Simpósio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários da UFTM ( Universidade Federal do Triângulo Mineiro), - com o tema: Conhecimentos em Diálogos: Linguagens e Ensino.
Murilaine Otaviano apresentou o painel intitulado "Análise do Discurso Midiático na Intervenção no Devido Processo Legal", sob orientação da Profa. Fabiana Borges. Também sob a mesma orientação, a aluna Thaís Silva apresentou a Comunicação Oral "Paráfrase e polissemia: produções textuais escritas na FFCL .", integrando com as alunas de pós-graduação da USP( Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, o Simpósio "Análise do discurso e literatura sustentando a interpretação e a produção textual", coordenado pela aluna de Pós-graduação da USP de Ribeirão Preto Elisângela Iamamoto.
A aluna Vanessa de Freitas apresentou por meio de comunicação oral "O livro didático: uma análise discursiva da polissemia”, e por fim a Profa. Fabiana Borges, também por meio de Comunicação Oral: "A leitura na graduação: gestos de interpretação e autoria".

Integraram o Simpósio intitulado "Autoria, leitura e interpretação: a produção de sentidos no livro didático e nas redações dos sujeitos-escolares", coordenado pela Profa. Soraya Pacífico da USP de Ribeirão Preto e integrado, também, por alunas de pós-graduação dessa instituição.
Este simpósio Internacional proporcionou discussões acerca da Linguística e da Literatura e suas implicações no ensino, permitindo a troca de experiências e a divulgação das pesquisas realizadas nas diversas faculdades do Brasil e do exterior.