sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Arquitetura Mostra 150 anos de História

1° Igreja São joão batista e 2º Igreja Nossa Senhora do Carmo

Normalmente as pessoas costumam passar pelas ruas da cidade sem prestar atenção naquilo que os rodeia. Todos parecem robotizados. Vão de cá para lá sem notar os detalhes.

No entanto, para os atentos, Ituverava reserva muito quanto ao aspecto arquitetônico. A arquitetura da cidade é simples, mas significativa. Mesmo sem o caráter neoclássico, renascentista, gótico e barroco, estilos que marcam a evolução dos tempos, da arquitetura mundial e algumas etapas da arquitetura e do urbanismo brasileiro, a cidade preserva a sua história através dos prédios públicos e particulares.

Quem passa pelo Largo do Rosário e vê aquele conjunto de obras, a Igreja Nossa Senhora do Rosário e o Museu Histórico e o chafariz dificilmente imagina que ali está remontado o longínquo passado do início do século XIX.

A Igreja Nossa Senhora do Rosário foi construída pelos escravos; a construção daquela igrejinha se deve ás conquistas ao longo de trezentos anos pelos cativos. Em 1700, a Igreja Católica já permitia que os escravos construíssem os seus próprios templos. Igrejas tendo como patronos: Nossa Senhora do Rosário, Santa Ifigênia e São Benedito, santos adorados pelos negros espalharam – se pelo Brasil, e, para felicidade nossa, Ituverava também teve a sua.

Ainda temos algumas casas do Largo do Rosário, com suas janelinhas simples emolduradas pelas madeiras de lei e bem cuidadas trazem a atmosfera do final do século XIX e início do século XX. Não há como negar. O teto de madeira daquelas casas tem o dobro da altura das casas modernas, características marcantes do início do século.

A fachada do prédio do Tiro de Guerra disfarça duas torres. O que dá um ar de parentesco com as construções militares da época da 2° guerra mundial.

O prédio do Correio, com suas pilastras enrustidas nas paredes, lembrando o sendo de equilíbrio guarda uma vaga semelhança com o senso escultórico das fachadas simétricas da década de 40.

Um lindo contraste proporciona as construções da Praça Rui Barbosa. O Centro Cultural Cícero Barbosa Lima e a Igreja Nossa Senhora do Carmo.

A Igreja Matriz de estimulo misto Românico Brasilical teve sua planta trazida da Itália e foi inaugurada em 1929. Uma verossimilhança com arquitetura da cidade de Brasília, o Centro Cultural guarda uma estrutura aparente de grande vão e os panos de vidro que dão leveza e arrojo á construção.

O prédio do Banco do Brasil parece projetar movimento, tanto de quem se aproxima da direita, como da esquerda. Para quem o observa percebe que o concreto armado predomina em todo o conjunto da perspectiva. O prédio do Banco do Brasil foi inaugurado em 1981, adoçando Ituverava com um novo estilo arquitetônico.

Ainda temos outros prédios públicos e particulares que marcam época, como o Palácio X de Março, a Igreja Ortodoxa, a Igreja São João Batista, a telefônica CTBC, o prédio do antigo Ginásio Municipal, a Praça X de Março, algumas casas das Praças Rui Barbosa e X de Março, casas de algumas fazendas, o prédio da Fepasa, o Prédio da Ceagesp e muitas casas particulares, os quais podem cruzar a arquitetura com a história.

O Prédio da Fepasa, que guarda a originalidade em todas as cidades da região, talvez é o marco principal da nossa economia.Foi a partir de 1903, com a sua construção é que Ituverava teve o primeira impulso de desenvolvimento.


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