terça-feira, 8 de março de 2016

Edição 173 ontinuam nove possíveis candidatos a prefeito de Ituverava

Na edição passada, de acordo com a fala popular, apresentamos nove possíveis candidatos a prefeito para a eleição de outubro de 2016. Adriana Quireza L. Machado (PSDB); Alcidão Maciel(PSDB); Mário Matsubara (PSDB); Paulo de Freitas (sem partido); Sérgio Cerqueira(PT); Fabrício Pato (PSL) Andrea Del Guerra(PV); Dr. Antônio Sérgio(PMDB); Valter Gama Terra (PR), agora, entra também na lista o vereador Luís Araújo (PPS). De acordo com militantes do PV, Andrea Guerra não devera disputar as eleições, em seu lugar cogita-se o ex-empresário, Adolfo Bucker que foi candidato a prefeito em 1982; porém outros adeptos dos vertistas sugerem Dr. Camilo Lúpulli. Portanto, continuamos com nove possíveis candidatos. Em outras correntes populares cogita-se que Mário Matsubara devera ter vice em sua chapa o vereador Luís Araújo, ainda, por outro lado, a ex-vereadora Adriana Quireza L. Machado esteja sendo cortejada pelo PV . Para alguns populares as possíveis candidaturas de Luís Araújo e Paulo de Freitas são balões de ensaio do prefeito Valter Gama Terra. Para muitos políticos, Alcidão Maciel devera apesentar alguma surpresa até o final dos prazos para as candidaturas. E a reportagem quando conversa com líderes partidários que querem lançar de fato candidato a prefeito, - com exceção do prefeito Valter G. Terra -; querem a Adriana Quireza de vice, ela de fato tem apresentado bom desempenho nas enquetes. O prazo para mudanças de partido e novas inscrições em partidos termina dia 2 de abril, até lá é esperado algumas surpresas. Entre candidatos a vereador temos confirmado o radialista Fábio Pereira pelo PPS. Pelo PSB temos o ex-vereador Rafael Gabiru; dos atuais vereadores Taís Elena (PTB) confirmou que será candidata à reeleição. Ituverava de Outrora Cap. Antônio Justino Falleiros Nasceu em Ituverava em 1860 e faleceu em sua fazenda da Estiva em 12 de dezembro de 1939, filho de Francisco Cândido de Souza e de Etelvina Augusto Barbosa, Teve onze filhos e batizado com o nome de seu bisavô. José Barbosa Filho, neto de Antônio Justino Falleiros, na época era oficial de gabinete do governador Carvalho Pinto, de quem era amigo pessoal, obteve o decreto governamental dando o nome do seu avô materno ao estabelecimento de ensino que a maioria dos ituveravenses estudou. O historiador, advogado e professor de história Dr. Antônio Barbosa Lima relata o entrevero que deu pelo fato do capitão ter ssido patrono de uma escola. “Alunos e professores tão logo o colégio ganhou a denominação que hoje tem, muitas vezes indagava a respeito do patrono, que sabia ou não pertencer o educador ou homem público. Professor houve que em classe o chamou de analfabeto. Na primeira semana de ciências da Escola Estadual Cap. Antônio Justino Falleiros, me apresentei como orador, realizada ao tempo em que o colégio estava instalado na prefeitura, sendo o diretor o Profº Cid Correia Leite, demonstrou que razão assistia aos familiares quando se opuseram à homenagem, uma vez que esses ataques seriam inevitáveis, todavia o Cap. Antônio Justino não era o homem retratado pelos professores: tinha as suas leituras, uma bela letra, assinava jornais, estava a par do que ocorria no país e no mundo. Eu guardo dois livros dado por ele. Compêndio de Instrução Moral e Cívica e História de Carlos Magno e Dos Doze Pares da França. Ora só da livros de presentes quem tem sensibilidade para conhecer-lhes o valor. Falecido havia muitos anos, nunca havendo pleiteado homenagem alguma, não podia o capitão defender-se da aleivosidade. Pois bem, quando a cidade começou a “andar”, isto é, a subir dos dois largos ( do Rosário e do Carmo), hoje, o Largo Velho rumando para a Praça X de Março e a Av.Dr. Soares de Oliveira, o Capitão Antônio Justino ao lado do Coronel Irlandino e o Cap. Primo Augusto Barbosa fundaram uma usina de eletricidade, assim, prestando grande serviço a Ituverava”, escreveu Antônio Barbosa Lima . De acordo com as observações do editor deste periódico, até hoje, 30 metros antes da queda da cachoeira Salto Belo, vemos uma construção de cimento para gerar queda d`água utilizada pela usina. “Foi senhor de muitos bens, fazendas, gado, cafezais, terrenos urbanos, herdou terras da família da esposa, verdadeiramente uma grande área começando as mesmas à altura dos trilhos da mogiana prolongando-se até o córrego da Estiva, incorporando as fazendas São Domingos e Monte Alegre. O terreno que foi construído a Santa Casa de Misericórdia foi doado pelo Capitão Antônio Justino Falleiros e Capitão Joaquim Alves Leite. O tiro no espelho Eles moram numa casa de um bairro classe social alta de uma bela cidade do interior do Estado mais rico da nação. Lourenço é um diretor executivo de uma grande empresa nacional. Viaja por todo o país várias vezes por ano. Na cidade domicílio passa praticamente os fins de semana com a esposa que havia casado há pouco tempo. Dulce uma mulher culta de gosto refinado, arquiteta de interiores, adora detalhes de móveis e mobília de raros requintes. Quando chega sexta-feira depois de uma semana de muitas negociações no trabalho, Lourenço chega feliz, e com ele uma caminhonete que para em frente à bela casa. Da caminhonete desce três homens, com alguma dificuldade retiram um belo espelho emoldurado com madeira de lei bem talhada. - Dulce, o espelho que você pediu. - Nossa... Quando lhe pedi um espelho de presente, nunca imaginei que fosse recebê-lo tão depressa. - O seu pedido é uma ordem. - Lourenço, como eu te amo – disse Dulce Como todo casal recém casado de classe favorecida ,enquanto os filhos não chegam, muitas reuniões festivas se assomam nos finais de semana. Os sábados de festas passam a ser costumeiros para o casal. Um rodizio de festas é realizado em cada casa de amigo. Numa das festas realizadas na casa de Lourenço e Dulce, uma noite de réveillon, Lourenço vai ao banheiro, quando saiu vê Dulce e Eduardo em prosa em imagem refletida no espelho. Ela mostra a mobília e enaltece os detalhes dos móveis de sua casa, tudo refletido no espelho. Eduardo ao ver a cena lembra que Dulce foi namorada de Eduardo no tempo do colegial. Ao voltar para á sala, Lourenço estranhou o tempo que ambos demoraram em chegar à mesa. Em instantes todos seguem para a rua, quando Dulce volta a ficar ao lado de Eduardo. A municipalidade oferece a queima de fogos de artificio para comemorar a passagem de ano. Lá fora, a rua mal iluminada, Lourenço parece ter quatro olhos, dois olhando para os fogos, os outros dois olhando por cima dos óculos para Eduardo. Quando voltaram para a festiva mesa, Lourenço procura sentar-se com Dulce bem distante de Eduardo. "Esse cara não desconfia que está na minha própria casa"- pensa. Mantem o olhar de soslaio para Eduardo, este sente-se um rubor cobrir-lhe o face. " Acho que Lourenço não gostou de me ver conversado com Dulce" - pensou. E aquela imagem do espelho passou a perseguir Lourenço por onde fosse. Todas as vezes que Lourenço começa a beber Whisky nas reuniões com amigos após o trabalho, fosse num restaurante, fosse em casa de amigos, se tiver um espelho no ambiente em destaque, à medida que o álcool lhe sobe à cabeça, ele se perturba, sente-se que algo lhe toma a paz interior. Os amigos em redor notam algo de diferente em Lourenço. Ele faz de tudo para esconder a perturbação, ajeita excessivamente a cadeira, realiza inúmeros movimentos inúteis. -Preciso me ir - disse Lourenço. - Ainda é cedo - respondeu Teodoro. - Sinto que alguma coisa não está bem em casa. - Isso é apenas impressão sua, desligue dos problemas - comentou Teodoro Chega a casa afoito e vai até à sala onde está o espelho, nada vê de estranho. Volta a sentir-se equilibrado. Dulce estranha o marido. - Nossa... Você entra em casa, é como se tivesse passado o dia comigo, só depois é que vem puxar proza. - Não é nada. São coisas da vida. Esses sintomas ocorrem depois de Lourenço ingerir whisky. Chega em casa afoito e corre para olhar o espelho. Por algumas vezes vê Eduardo passar em frente à sua casa. Isso passa a incomodá-lo. Sem que a esposa soubesse compra um revolver. Na véspera do último dia do ano, a empresa que trabalha reúne os funcionários num belo restaurante recém-inaugurado, na cidade. O restaurante é dividido em duas alas, sendo esses separados por um belo espelho. Após tomar várias doses de whisky segue até o banheiro e, vê pelo espelho Eduardo sair pela outra ala. Ele veste um terno que lhe dá um aspecto garboso. Quando voltou para a mesa dos amigos, vê Eduardo sair do restaurante. De ora para outra passa a ter um olhar distante... Em instantes sai da mesa sem se despedir. Os cristais de seus óculos parecem embaçados, ele segue com o seu carro, com o relógio quase a bater meia noite, a lua em concha e as fracas lâmpadas dos postes deixam à rua numa semi escuridão. Enquanto dirigia vinha-lhe a imagem de Dulce e Eduardo em frente ao espelho. Chega à casa com a imagem na cabeça, ou seja, dos dois em frente ao espelho. Deixa o carro na garagem, nem se atinou em trancá-lo, antes de chegar à sala do espelho, tira o revólver que está em seu corpo por debaixo do paletó numa polchete de coldre presa à barriga. Com o revólver em punho diminui o ritmo das passadas. Para. O ambiente silencia. Da mais uns passos e ao chegar à sala a luz do quintal projeta á penumbra de tudo que está lá fora, as figuras projetas no espelho lembram duas pessoas em carícias. Lourenço não titubeou alvejou um tiro certeiro e estilhaçando o espelho. Em instantes, Dulce de penhoar surge na sala e pergunta - Lourenço, você ficou louco?

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