segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A matemática de Deus


No livro Gênesis da Bíblia “Capítulo número 1, As Origens, A Criação, diz que no principio criou Deus o céu e a terra. Trevas cobriram a face do abismo; e o espírito de Deus era levado por cima das águas. Disse Deus: faça – se a luz. E fez – lhe a luz (...) Disse também Deus: - Faça – se o firmamento”.

A palavra disse do verbo dizer foi repetida várias vezes por Deus, segundo a bíblia Sagrada. Significa que Deus usou a palavra para compor o mundo com a sua forma material.

Explicar a criação do mundo levaram homens e mais homens sucumbirem nessas tentativas.

Marcelo Gleiser, físico notável, que já esteve no programa Fantástico da Rede Globo da televisão, escritor da Folha de São Paulo, explicou no caderno ilustríssima do mesmo órgão de imprensa que : “ Na renascença Copérnico , Kepler e mais tarde muitos falavam do cosmo como obra divinha , e da ciência ou , mais apropriada mente para a época , da filosofia natural , como ponto entre a razão humana e Deus, Para Deus , este geômetra usou as leis da matemática na construção do mundo.Cabe aos astrônomos e aos filósofos naturais decifrar estas leis para conhecermos a mente de DEUS.A princípio da discussão subentende – se que o dialeto comum entre os humanos e a divindade é a matemática “.

Penso particularmente que no verbo de Deus usada para a criação de fato esta a matemática. Vemo – la até mesmo na poesia. A poesia que os místicos dizem ser o canal com que Deus se comunica aos homens.

O imortal poeta Fernando Pessoa diz sobre os números; pois para ele o limite de um número determina o número seguinte.Pessoa escreve : “ O que não tem limites não existe .É que existir é haver outra coisa qualquer.

Fernando Pessoa em diálogo com o seu heterônimo Alberto Caieiro, escreve “Olha Caieiro - considere os números. Onde é que acabam os números? Tomemos qualquer número 34, por exemplo. Para além dele temos: 35, 36, 37,38 e assim sem poder parar. Não há números que não haja o numero maior. E isto é o limite que determina o maior. E limites é estudado em matemática num capitulo superior. Em Cálculo Exponencial e Integral, onde se estuda equações cujas incógnitas muitas vezes tendem ao infinito”.

Em outra visão, Marcelo Gleiser explica: “Imagine que o nosso conhecimento sobre o mundo caiba num círculo. Círculo do conhecimento. E como cresce o círculo? Através da nossa observação sobre o mundo e nós mesmos. E o que os olhos não veem, os telescópios e os microscópios veem; escreve Gleiser É o limite em que os cientistas têm que avançar para obter mais conhecimento.

E esses limites estão para cima (Telescópio) e para baixo (Microscópio).

Se o mundo é matemático, e os números não têm fim e se Deus usou a matemática para criar o mundo, através do verbo, vemos também que as palavras a todo o momento são criadas com os seus radicais, prefixos e sufixos, estamos à frente de um desafio constante, que é a criação.

A todo instante criamos, inventamos, nascemos, a vida não para como os números não param. O que o computador vem sendo para o homem neste início do seculo XXI, uma grande revolução da comunicação; a energia elétrica cumpriu o mesmo papel no início do século XX, da mesma forma a revolução industrial do século XIX transformou a sociedade e esfumaçou as cidades, vemos as revoluções da ciência que marcam a cada século desafiando os limites, é a prova de que Deus criou o mundo com a matemática, avançando, avançando, como os números, infinitamente.

.

Nel Ramos Pereira

Nenhum comentário:

Postar um comentário