terça-feira, 6 de julho de 2010

Getúlio Vargas Proibiu o Futebol Feminino no Brasil

Foto Folha de São Paulo

Em 1937, Getúlio Vargas se antecipou á eleição que aconteceria no ano seguinte e desencadeou um golpe de Estado, implantando uma nova constituição e uma ditadura que duraria até 1945.

Na época, Getúlio aprofundou o vetor centralizador do Estado, criando o Departamento de Administração do Serviço Público, o DOPS, espécie de polícia política.

Getúlio, na área esportiva, criou leis para o setor e passou a controla – lo com mão – de – ferro e proibiu o futebol feminino.

As mulheres também gostavam de futebol, como hoje. Inclusive, o futebol feminino já disputou duas vezes a final Olímpica desde a década de 90, mas não logrou o sucesso de conquistar a medalha de ouro.

O futebol feminino no Brasil poderia estar nos mesmos padrões dos Estados Unidos, na China, ou Noruega, países onde o esporte não encontrou obstáculos.

Com as leis, Getúlio pressionou para por fim á prática do futebol por mulheres. Elas só poderiam se limitar a praticar esportes que o governo considerasse condizentes com as suas funções de mães ou futuras mães.

A visão de que o futebol é esporte de homens veio de uma construção histórica. Halterofilismo, Beisebol, lutas também foram proibidos pelo Estado ditatorial de Vargas.

Com a proibição, as mulheres que praticavam o futebol eram consideradas sem classe e malcheirosas, vista com preconceito.

As mulheres de elite incorporaram o futebol com evento para se mostrarem á moda nas arquibancadas.

Quem ler as duas revistas da “Comarca de Ituverava publicada nas décadas de 1940, notará este comportamento feminino nos jogos da Associação Atlética Ituveravense, quando as mulheres se vestiam com as cores do clube.

Este comportamento feminino nas arquibancadas pode ser visto com maior clareza na minissérie da Rede Globo de Televisão sobre a vida de Euclides da Cunha. Os jogos do início do século XX eram disputados no estádio das Laranjeiras (ou do o fluminense) vão notar o comportamento aristocrático das mulheres nas arquibancadas, com uso da “roupas” da moda; enfim ás mulheres de elite cabia o papel de torcedoras, e era um evento da alta sociedade.

Quando a violência chegou á arquibancada às mulheres deixaram de torcer, mas de torcedoras tornaram-se jogadoras.

A história explica o presente. Com o comportamento de políticos, até de professores de Educação física, até 1950 eles mobilizaram campanhas contra o futebol feminino. Hoje,o futebol feminino no Brasil quer voar, porém as asas estão curtas. Fundamentado, Folha de Maio de 2003

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