domingo, 29 de maio de 2016

A PRAÇA 10 DE MARÇO JÁ FOI CEMITÉRIO?

A Praça X de Março já foí cemitério? Existe uma discussão entre muitos ituveravenses. Essa discussão é em relação ao primeiro cemitério de Ituverava. Muitos apostam ter sido na Praça X de Março, e dizem não tomar água de um poço artesiano do local devido a esse suposto fato. O que se sabe é que a Praça X de Março quando começou a surgir, saiu no formato de um quadrado ainda no final do século XIX. O prefeito Cerqueira César quando prefeito ( 1912-1914) desapropriou os terrenos e ampliou a praça, deixou-a como é hoje; mas o historiador Dr. Antônio Barbosa Lima deixou claro em suas anotações nos jornais antigos e no semanário Tribuna de Ituverava na década de 1960 de que a Praça X Março a princípo foi ocupada com casas muito humildes, isso denota que o logradouro foi a periferia da cidade de uma Ituverava nascente. Moacir França cita José Geraldo Evangelista que foi até Franca e descobriu documentos sobre o primeiro cemitério da cidade. O documentos são de 1811. Encontram-se anotações sobre o sepultamento em cemitérios, e consta que o primeiro cemitério local era próximo ao antigo Matadouro Munciicipal, desativado em 2002. Hoje para localizar esse antigo cemitério, podemos dizer que seria vizinho à Estação de Tratamento d`Água do Saae. O documento histórico aponta 1811; porém, Ituverava foi fundada em 1818; mas consta que começou a ser habitada em 1776, de acordo com o primeiro censo do governo imperial. A Ituverava do início do século XIX foi composta por dois largos: a do Carmo e a do Rosário, que é o atual Largo Velho, naquela época um caixão ou urna mortuária era mais fácil levá-la logradouro abaixo, inclusive, já era o caminho para a cachoeira Salto Belo, posto o cemitério era ao lado da Estação do SAAE, documentalmente o primeiro cemitério, e jamais conduzindo um pesado caixão pela íngreme ladeira que segue até a Praça X de Março, que é hoje a Rua Irlandino B. Sandoval. Naquela época totalmente coberta por mata. Assim, raciocinando, se as pessoas não tomam água de um poço artesiano da praça X de Março, por achar que ali foi cemitério, bebem a água do Saae, que no passado ao lado foi de fato como apontam documentos o primeiro cemitério de Ituverava. A Praça X de Março até poderia ter sido um cemitério, mas clandestino, porque provam documentos de que a princípio muitos que vieram para cá eram fascínoras e foragidos da polícia e da pesada justiça da coroa portuguesa, inclusive consta que Ituverava teve como primeiros habitantes pessoas vindas de Franca/SP Sorocaba/SP, São João Del Rey/MG, Conselheiro Lafaiete/MG, Comarca do Rio das Mortes/MG e Ouro Preto/MG, ou a antiga Vila Rica, lembrando que o levante da Inconfidência Mineira ocorreu em 1789 e já em 1776 já haviam moradores como constam no censo imperial, e eram 22 pessoas morando ao lado do Calção de Couro. As notícias de mortes na Mata do Capim Mimoso como era conhecida a nossa região à época chegavam em Sâo Paulo e, houve a intenção de se acabar com a Capela do Carmo, nome antigo de Ituverava, e esses mortos, talvez possam ter sido enterrados na Praça X de Março e adjacências formando um cemitério clandestino, ou seja, os mortos eram enterrados sem documentação e sem demarcação de local.

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